Arquitectos e autarquias propõem criação de plataforma única
Em causa está a agilização de processos urbanísticos e a redução de tempos de espera.
Um inquérito realizado a autarquias e arquitectos de todo o país confirmou que tanto arquitectos (90% concordaram) como câmaras municipais (70%) consideram a criação de uma plataforma digital única essencial para a agilização de processos urbanísticos e para a redução de tempos de espera.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Um inquérito realizado a autarquias e arquitectos de todo o país confirmou que tanto arquitectos (90% concordaram) como câmaras municipais (70%) consideram a criação de uma plataforma digital única essencial para a agilização de processos urbanísticos e para a redução de tempos de espera.
Segundo a Ordem dos Arquitectos Secção Regional Norte (OASRN), “a plataforma electrónica única garantiria um desempenho técnico harmonioso, maior capacidade de resposta profissional e uma maior satisfação para os utilizadores do sistema”.
A uniformização de procedimentos através desta plataforma traduzir-se-ia num “incentivo ao investimento, fundamental no contexto de retoma”, diz Cláudia Costa Santos, presidente do Conselho Directivo Regional Norte da Ordem dos Arquitectos, citada em comunicado. Para além disso, permitiria a implementação de um serviço de trabalho à distância, quando necessário, tal como se verificou ser fundamental perante a pandemia da covid-19.
Por falta de meios, equipamentos e pessoal especializado, as câmaras municipais não se encontram preparadas para avançar na implementação de sistemas informáticos, pelo que que o Governo assumiu com a medida #26 do Simplex 2018 a necessidade de “articular e harmonizar procedimentos municipais, designadamente, auditorias nas áreas do urbanismo e da contratação pública, licenciamento municipal e regulamentação, no sentido de facilitar e simplificar as relações que os investidores e cidadãos têm com os municípios”, acrescenta o comunicado.
Texto editado por Ana Fernandes