Meghan Markle lamenta que o mundo continue racista

A duquesa de Sussex deixou uma mensagem às alunas da sua antiga escola secundária, onde lamenta que esta seja a realidade e não uma lição de história.

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Depois de Londres, Meghan e a família foram viver para a Califórnia para perto da mãe da ex-actriz Reuters/POOL

Meghan Markle, duquesa de Sussex, pronunciou-se sobre os protestos depois da morte de George Floyd, lamentando que as crianças tenham de crescer num mundo onde o racismo ainda existe, e que a situação actual nos EUA seja “devastadora”.

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Meghan Markle, duquesa de Sussex, pronunciou-se sobre os protestos depois da morte de George Floyd, lamentando que as crianças tenham de crescer num mundo onde o racismo ainda existe, e que a situação actual nos EUA seja “devastadora”.

“Eu sei que vocês sabem que as vidas das pessoas negras são importantes”, disse Meghan num vídeo que gravou para as finalistas da sua antiga escola secundária em Los Angeles, que foi publicado nesta quarta-feira.

A morte de Floyd, em Mineápolis, foi a última acha na fogueira da fúria gerada pela brutalidade policial em relação aos afro-americanos, e provocou protestos em todo o país, alguns violentos, com hora de recolher obrigatório em algumas cidades.

Meghan foi convidada para se dirigir às alunas finalistas da sua antiga escola. “Durante as últimas semanas, tenho pensado em dizer-vos algumas palavras, por estarem a acabar o secundário, e como vimos na semana passada, o que está a acontecer no nosso país, no nosso estado, na nossa cidade natal de Los Angeles é devastador”, disse Meghan, cuja mãe é afro-americana e o pai branco.

“A primeira coisa que vos quero dizer é pedir-vos desculpa, lamento imenso que tenham de crescer num mundo onde isto ainda acontece”, disse na mensagem para as alunas da escola Immaculate Heart.

A duquesa, antiga actriz e mulher de Harry, neto da rainha Isabel II e sexto na linha de sucessão ao trono britânico, afirmou que queria dizer “a coisa certa” e que estava nervosa por as suas palavras poderem ser mal interpretadas. “A única coisa errada que se pode fazer é não dizer nada. Porque a vida de George Floyd importava, e a vida de Breonna Taylor [26 anos, paramédica, morta na sua casa pela polícia, em Maio passado] importava, e a vida de Philando Castile [32 anos, morto numa operação stop pela polícia, em Julho de 2016] importava e a vida de Tamir Rice [12 anos, morto num parque pela polícia, em Novembro de 2014] importava, e também importam todas as pessoas que sabemos o nome e as que não sabemos”, disse.

A família real britânica, por tradição, não comenta questões políticas. No entanto, Meghan e Harry deixaram o cargo oficial no final de Março e agora vivem em Los Angeles com o filho Archie.

Na mensagem, a duquesa de 38 anos reflectiu sobre as próprias memórias dos protestos de 1992, em Los Angeles. “Essas memórias não desaparecem e eu não consigo imaginar que aos 17 ou 18 anos, que é a vossa idade agora, teriam de viver uma versão diferentes da mesma experiência”, aponta. “É algo que devem perceber, mas perceber enquanto lição de história e não enquanto realidade. Então, lamento que de certa forma não tenhamos deixado o mundo da maneira que merecem”.