Abertura dos centros comerciais da grande Lisboa adiada até 15 de Junho
Os shoppings da região da capital representam 35% do total de estabelecimentos a nível nacional e asseguram 50% do emprego gerado pelo sector a nível nacional.
A desejada abertura dos centros comerciais e lojas de rua com mais de 400 metros quadrados na Área Metropolitana de Lisboa (AML) voltou a ser adiada. A decisão só será tomada no Conselho de Ministros da próxima terça-feira, e a data apontada é 15 de Junho, anunciou o primeiro-ministro, António Costa.
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A desejada abertura dos centros comerciais e lojas de rua com mais de 400 metros quadrados na Área Metropolitana de Lisboa (AML) voltou a ser adiada. A decisão só será tomada no Conselho de Ministros da próxima terça-feira, e a data apontada é 15 de Junho, anunciou o primeiro-ministro, António Costa.
Estava previsto que a abertura fosse aprovada no Conselho de Ministros desta quinta-feira, mas a avaliação do número de infectados com covid-19 na região adia a decisão para a próxima semana.
Os centros comerciais do resto do país já abriram esta segunda-feira, 1 de Junho, cumprindo um conjunto de novas regras de segurança e higiene, definidas em articulação com a Direcção-Geral de Saúde.
O novo adiamento vai contra as expectativas de comerciantes e da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC). Esta última tinha apelado ao Governo para abrir a totalidade dos centros comerciais mais cedo, assegurando que estes espaços “têm mostrado, como poucos outros, capacidade de garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores”.
Em comunicado divulgado esta quinta-feira, antes da decisão do Governo, a associação alertava para “o impacto dramático de um eventual prolongamento das limitações para todos os intervenientes nesta cadeia de valor”, destacando que os estabelecimentos comerciais na AML representam 35% do total nacional, assegurando 50% do emprego total do sector.
Os centros comerciais garantem que “investiram para adaptar os seus espaços e formar as suas equipas de modo a continuar a garantir a visitantes, lojistas e colaboradores das lojas, todas as condições de segurança sanitária, cumprindo não apenas as regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direcção-Geral da Saúde, mas também as melhores práticas desta indústria a nível global”.
De acordo com António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, a reabertura dos centros comerciais no resto do país, ocorrida no dia 1 de Junho, tem demonstrado que os centros estão perfeitamente preparados para funcionar segundo as regras determinadas pelo Governo e pela Direcção-Geral da Saúde.
“Restringir a operação dos centros comerciais situados na AML nesta terceira fase de desconfinamento foi frustrante para toda a indústria. Esta situação é extremamente preocupante e delicada para todos os intervenientes desta cadeia de valor. Os lojistas que permanecerem impedidos de abrir portas ficarão numa situação dramática”, salientou António Sampaio de Mattos, no comunicado.
O impacto do encerramento de mais de dois meses e os custos fixos a suportar (trabalhadores, rendas e outros) têm levado muitos lojistas de centros comerciais e de rua a pedir medidas de apoio, de forma a garantir a sua sobrevivência, como alertou esta semana a Associação de Marcas de Retalho e Restauração, em audição na comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
A maioria das lojas de rua e dos centros comerciais encerraram no final de Março, por decisão do Governo, no âmbito das medidas adoptadas no âmbito do combate à pandemia de covid-19, à excepção de determinadas lojas de abastecimento de bens essenciais, nomeadamente supermercados e hipermercados, restaurantes com espaço próprio ou em serviço take-away, electrónica de consumo, farmácias, papelarias, e mais recentemente cabeleireiros e livrarias.