Câmara de Lisboa adia restrições aos carros na Baixa
Sem se comprometer com datas, Fernando Medina garantiu a “recalendarização” do projecto.
A Câmara de Lisboa previa que neste momento já estivesse a funcionar a primeira fase da Zona de Emissões Reduzidas da Avenida Baixa-Chiado (ZER ABC), mas a pandemia de covid-19 veio alterar os planos. Alterar, mas não cancelar, garantiu esta quarta-feira Fernando Medina. “O projecto será levado até ao fim”, disse, numa conferência em que anunciou intervenções no espaço público da cidade e a construção de mais ciclovias.
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A Câmara de Lisboa previa que neste momento já estivesse a funcionar a primeira fase da Zona de Emissões Reduzidas da Avenida Baixa-Chiado (ZER ABC), mas a pandemia de covid-19 veio alterar os planos. Alterar, mas não cancelar, garantiu esta quarta-feira Fernando Medina. “O projecto será levado até ao fim”, disse, numa conferência em que anunciou intervenções no espaço público da cidade e a construção de mais ciclovias.
O projecto da ZER ABC contempla uma limitação significativa à circulação automóvel na Baixa e no Chiado, a pedonalização de várias ruas e a reorganização do trânsito em grande parte do centro histórico. Pouco tempo antes do confinamento, o assunto esteve em discussão com moradores e comerciantes das várias zonas afectadas e gerou um apaixonado debate.
Sem se comprometer com datas, o presidente da câmara afirmou agora que vai “propor a recalendarização” da entrada em funcionamento da ZER. Estava inicialmente previsto que em Maio ocorresse o registo de automobilistas para a obtenção dos dísticos de entrada na zona limitada e que, em Junho, as proibições já fossem efectivas. Com a declaração desta quarta, Medina atira essas acções para futuro incerto.
O autarca afirmou que, a par da recalendarização, vai também propor que a câmara compre já todo o material necessário para o controlo de veículos (como pórticos, etc.) e que avancem as obras que já estavam previstas, como as da Rua de S. Pedro de Alcântara e do Largo do Calhariz, e das ciclovias. Estas ideias, afirmou Fernando Medina, “mereceram um apoio significativo da generalidade dos interlocutores”, pelo que, defendeu, não faz sentido adiá-las.