UEFA avalia realização dos últimos jogos da Champions em Lisboa

Plano B do organismo passa por uma final a oito e a capital portuguesa está bem posicionada para servir de anfitriã. Alemanha também é hipótese.

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O Estádio da Luz é um dos palcos previstos no plano B da UEFA Reuters/RAFAEL MARCHANTE

Os acertos de calendário impostos pela pandemia de covid-19 que está a varrer o globo poderão empurrar as decisões da Liga dos Campeões para Lisboa. Esta é uma possibilidade que está a ser estudada pela UEFA e que ganha cada vez mais força, dada a estabilização dos números de contágios em Portugal e a qualidade das infra-estruturas existentes. As recentes declarações do Presidente da República sobre o tema ajudaram a dar força este cenário.

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Os acertos de calendário impostos pela pandemia de covid-19 que está a varrer o globo poderão empurrar as decisões da Liga dos Campeões para Lisboa. Esta é uma possibilidade que está a ser estudada pela UEFA e que ganha cada vez mais força, dada a estabilização dos números de contágios em Portugal e a qualidade das infra-estruturas existentes. As recentes declarações do Presidente da República sobre o tema ajudaram a dar força este cenário.

“Vamos esperar. Sabe que o futebol apaixona muita gente. Vamos esperar para ver se aquilo que será condensado se consegue. Ainda há a final da Taça para marcar, a ver se se consegue ir ao encontro de muitos apreciadores de futebol. E depois eu tenho uma vaga sensação de que ainda poderemos ter, em Agosto, uma boa notícia em termos de futebol internacional em Portugal”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa na noite de terça-feira.

É justamente para o mês de Agosto, depois de concluídas todas as competições domésticas, que está prevista a realização dos jogos em falta da Liga dos Campeões. A UEFA tem procurado encontrar soluções que minimizem o impacto da covid-19 e a alteração circunstancial do formato da competição é uma hipótese em estudo: nesse cenário, em vez de eliminatórias disputadas a duas mãos, concentrar-se-iam as equipas em prova, numa espécie de final a oito.

Se for seguido o plano A, Istambul será o palco da final da Champions, como está previsto desde o início, mas é no plano B do organismo que superintende o futebol europeu que Portugal entra na discussão. Com uma final a oito, Lisboa é uma hipótese muito sólida para acolher as equipas, não só porque o país tem conseguido controlar com relativo sucesso a pandemia, mas porque a cidade possui dois estádios que cumprem confortavelmente os requisitos da UEFA para estas provas: o Estádio da Luz e o Estádio de Alvalade.

“Foi constituído um grupo de trabalho, com a participação de representantes das Ligas e dos clubes, para examinar as soluções de calendário e as opções de formato que permitirão completar a corrente época”, limita-se a responder a UEFA, depois de contactada pelo PÚBLICO. “Estamos a avaliar uma série de opções e ainda não tomámos decisões nesta fase”, acrescenta.

A Alemanha também estará na corrida, sendo que a preocupação dos responsáveis é reduzir ao máximo as deslocações das equipas entre os locais dos jogos, para reduzir os riscos de contágio associados às viagens. Face à “candidatura” germânica (Bayern Munique e RB Leipzig), Portugal terá, porém, uma vantagem: o facto de já não ter representantes em prova, o que resolve à partida a questão do factor casa, permitindo aplicar o critério de campo neutro pretendido pela UEFA.