Membros da comissão de covid-19 do Hospital da Guarda demitem-se

Na origem da decisão estará um diferendo com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde, presidido por Isabel Coelho.

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FTX Fabio Teixeira

Demitiram-se os membros da comissão de covid-19 da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda criada para coordenar a resposta à pandemia. Na origem da decisão estará um diferendo com o conselho de administração da ULS, presidido por Isabel Coelho, avançou esta segunda-feira o jornal Terras da Beira.

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Demitiram-se os membros da comissão de covid-19 da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda criada para coordenar a resposta à pandemia. Na origem da decisão estará um diferendo com o conselho de administração da ULS, presidido por Isabel Coelho, avançou esta segunda-feira o jornal Terras da Beira.

Ao que o PÚBLICO apurou, em causa está o facto de a direcção ter decidido retomar a actividade programada (consultas e cirurgias que tinham sido adiadas face à necessidade de dar prioridade ao tratamento de doentes de covid-19), mas sem avaliar com os elementos da comissão as questões de segurança dessa retoma. A comissão era liderada pelo director do Serviço de Pneumologia do Hospital da Guarda, Luís Ferreira.

A ULS da Guarda é considerada, desde Março, a unidade de referência para receber e tratar doentes de covid-19 da região Centro. Fazem ainda parte da comissão, Adelaide Campos, directora do Serviço de Urgência, Alcina Tavares, coordenadora do Programa de Prevenção e Controlo de Infecção e de Resistências aos Antimicrobianos, Ana Viseu, coordenadora da Unidade de Saúde Pública, Catarina Quinaz, infecciologista, João Correia, director do Serviço de Medicina Interna, José Valbom, da Unidade de Saúde Ocupacional, Luísa Lopes, directora da Unidade de Cuidados Intensivos e os enfermeiros Júlio Salvador e Vítor Salomé. 

Em declarações ao PÚBLICO, Jorge Roque da Cunha, presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), afirmou que o sindicato manifesta solidariedade com os médicos demissionários. “A pandemia está longe de estar controlada e facilitar nas questões de segurança pode significar um retrocesso”, afirmou o presidente do SIM, sublinhando a importância de se investir no Serviço Nacional de Saúde (SNS).