Eurodeputada do PS questiona Comissão Europeia sobre proibição de portugueses entrarem na Grécia
Isabel Santos diz que medida grega de fechar as fronteiras a turistas portugueses é “algo que não pode ser tolerado”.
A eurodeputada socialista Isabel Santos questionou a Comissão Europeia sobre o facto de o Governo grego proibir a entrada de turistas de alguns países da União Europeia, nomeadamente portugueses, a partir de 15 de Junho, altura em que a Grécia inicia a abertura progressiva das suas fronteiras.
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A eurodeputada socialista Isabel Santos questionou a Comissão Europeia sobre o facto de o Governo grego proibir a entrada de turistas de alguns países da União Europeia, nomeadamente portugueses, a partir de 15 de Junho, altura em que a Grécia inicia a abertura progressiva das suas fronteiras.
“Tendo em conta o sucesso de Portugal no combate ao surto da covid-19 e a actual situação epidemiológica no país, não se vislumbra o fundamento de tal decisão” que representa, “pelo menos, uma aparente discriminação, violando as guidelines fornecidas pela Comissão para o restabelecimento da livre circulação no espaço Schengen”, afirma a eurodeputada na carta enviada no domingo.
Isabel Santos diz que este facto é “algo que não poderá ser tolerado independentemente do respeito pela soberania dos Estados nesta matéria e pergunta se este organismo europeu “tem conhecimento desta decisão e dos critérios que lhe são subjacentes”. Questiona também como avalia a Comissão Europeia esta decisão das autoridades gregas, tomada “ao arrepio das guidelines estabelecidas e das regras de funcionamento do espaço Schengen”.
Por fim, pergunta se este organismo europeu “tomou ou prevê tomar alguma medida face à iniciativa do Estado grego”.
A Grécia anunciou no passado dia 29 de Maio a lista de países de origem de turistas que terão porta aberta no seu território a partir de 15 de Junho. Residentes em Portugal estão de fora da lista, que tem em conta a situação epidemiológica de cada país.
Fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou recentemente ao Observador que o Governo Português vai questionar o executivo grego sobre esta medida, com o objectivo de obter das autoridades daquele país “os esclarecimentos devidos, pelos canais diplomáticos e políticos apropriados”.