Super Dragões apoiam FC Porto em Famalicão, PSP atenta a ajuntamentos

Claque “azul e branca” promete adoptar as medidas de precaução necessárias. Autoridades alargarão perímetro em volta do estádio.

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LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

A I Liga é retomada na quarta-feira, com as portas dos estádios vedadas aos adeptos. Isso não significa, porém, uma total falta de apoio às equipas. Pelo menos no caso do FC Porto, que em Famalicão (quarta-feira, às 21h15) deverá contar com a presença da claque Super Dragões, pronta a reinventar-se para cumprir as normas das autoridades. A Polícia de Segurança Pública (PSP) garante que está preparada para a nova realidade e, em particular, para evitar aglomerações no exterior dos recintos.

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A I Liga é retomada na quarta-feira, com as portas dos estádios vedadas aos adeptos. Isso não significa, porém, uma total falta de apoio às equipas. Pelo menos no caso do FC Porto, que em Famalicão (quarta-feira, às 21h15) deverá contar com a presença da claque Super Dragões, pronta a reinventar-se para cumprir as normas das autoridades. A Polícia de Segurança Pública (PSP) garante que está preparada para a nova realidade e, em particular, para evitar aglomerações no exterior dos recintos.

As determinações da Direcção-Geral de Saúde (DGS), no protocolo sanitário que foi entregue à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), são claras no que respeita aos ajuntamentos nas imediações dos estádios: não serão permitidos grupos com mais de 10 pessoas, para minimizar o risco de contágio. Uma regra que o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, assegura que será cumprida. 

“Com as medidas necessárias de distanciamento e tentando respeitar ao máximo o que é pedido pela DGS, iremos lá estar. Com as devidas precauções e com o devido distanciamento”, assegurou ao jornal Record, garantindo não ver razões para uma possível acção das autoridades. “Se as pessoas mantiverem o distanciamento, não vejo como. Não é proibido andar na rua. Se as pessoas se mantiverem afastadas e cumprirem as ordens, estando de máscara, não vejo como possa haver problema”.

A PSP já anunciou, de resto, que vai dar particular atenção aos espaços de potencial concentração de adeptos, como os centros de estágios, locais de treino e unidade hoteleiras nas quais as equipas ficarão instaladas. “O objectivo do policiamento vai ser o controlo de acessos, não permitir que haja ajuntamentos no perímetro exterior do recinto e que a chegada dos jogadores ao estádio seja feita em segurança para que não haja essas concentrações, que são contrárias à legislação em vigor”, detalhou Pedro Grilo, citado pela agência Lusa. 

O chefe da Divisão de Policiamento e Ordem Pública da PSP explicou que os perímetros de segurança em torno dos estádios vão ser alargados e que haverá controlo sobre os habituais locais de concentração dos grupos organizados. Um plano que se adaptará a planos como o dos Super Dragões: “Iremos estar no estádio e no caminho do hotel até Famalicão. Pelo caminho teremos bandeiras e tarjas de apoio à equipa. No estádio, iremos receber a equipa e ficaremos cá fora a apoiar para dentro, durante os 90 minutos (...) Vamos seguir o jogo da maneira possível. Uns pelo telemóvel, outros pela rádio. Há que inovar”, acrescentou Fernando Madureira.

Uma experiência nova para os adeptos e para as autoridades, que reconhecem a necessidade de uma “adaptação da própria actividade policial”, com “mais meios” e dispersos por vários locais. “Num evento desportivo há uma concentração de meios policiais num único local, que é o estádio, contando ainda com os trajectos das equipas e dos árbitros. Agora vai haver uma desconcentração”, anotou Pedro Grilo, sublinhando que os dispositivos vão ser adequados ao risco inerente a cada jogo.