Covid-19. Mais 14 mortes e 350 infectados em Portugal. Lisboa e Vale do Tejo com 92% dos novos casos

Há 18.911 pessoas recuperadas, mais 274 do que na quinta-feira, o que corresponde a 59,2% do total de casos confirmados até agora. Estão internadas 529 pessoas e 66 encontram-se em unidades de cuidados intensivos.

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Paulo Pimenta

Portugal registou esta sexta-feira mais 14 mortes por covid-19 – o que corresponde a um aumento de 1% nas últimas 24 horas. No total, contabilizam-se até ao momento 1383 vítimas mortais. Há mais 350 casos de infecção pelo novo coronavírus, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 1,1% (a mais alta desde o dia 8 de Maio), num total de 31.946 casos confirmados.

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Portugal registou esta sexta-feira mais 14 mortes por covid-19 – o que corresponde a um aumento de 1% nas últimas 24 horas. No total, contabilizam-se até ao momento 1383 vítimas mortais. Há mais 350 casos de infecção pelo novo coronavírus, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 1,1% (a mais alta desde o dia 8 de Maio), num total de 31.946 casos confirmados.

A região de Lisboa e Vale do Tejo tem mais 323 casos face a quinta-feira. Os casos registados nesta zona nas últimas 24 horas representam 92% do total nacional.

Os dados constam do boletim epidemiológico actualizado diariamente pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Há ainda 18.911 pessoas recuperadas (mais 274 do que na quinta-feira), o que significa que seis em cada dez pessoas infectadas estão recuperadas. Estão internadas 529 doentes (mais 17 do que na quinta-feira) e 66 (mais uma) encontram-se em unidades de cuidados intensivos.

Foram registados 126 novos casos em pessoas entre os 20 e os 39 anos, o que representa 36% do total de novos casos identificados nas últimas 24 horas.

Registam-se agora 11.652 casos de infecção activos em Portugal (valor calculado depois de subtraído o número de mortes e de recuperados ao total de casos confirmados), mais 62 do que na quinta-feira.

A taxa de letalidade global é de 4,3% e sobe para 16,9% acima dos 70 anos, anunciou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa desta sexta-feira sobre o estado da pandemia em Portugal.

Dos doentes infectados, 34,8% estão a recuperar no domicílio e 1,7% estão internados, dos quais 0,2% em unidades de cuidados intensivos e 1,5% em enfermaria.

A tendência continua, com a região de Lisboa e Vale do Tejo a dominar as novas infecções, com mais 323 casos confirmados nas últimas 24 horas, o que corresponde a 92% do total de novos casos.

Em termos absolutos e contando todos os casos desde o início de Março, o Norte ainda é a região mais afectada pela pandemia de covid-19, com 16.725 casos confirmados e 769 mortes (mais sete casos e oito mortes do que na quinta-feira). No total, Lisboa e Vale do Tejo conta com 10.643 casos e 346 vítimas mortais.

Aumentar

Por concelhos, Lisboa continua a ser também o que tem mais casos confirmados, com 2324 pessoas infectadas. Segue-se Vila Nova de Gaia, com 1558 casos, e o Porto, com 1351.

4400 casos activos em Lisboa e Vale do Tejo

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, definiu a situação da pandemia na região de Lisboa e Vale do Tejo como “complexa” por ter “diversas causas”. Há, neste momento, 4400 casos activos na região, o que corresponde a 41% dos casos identificados em Lisboa e Vale do Tejo.

“Temos surtos de pequena ou grande dimensão que se concentraram em várias circunstâncias. Temos seis grandes obras que concentraram cerca de 130 doentes. Temos também 340 casos identificados em empresas”, enumerou na conferência de imprensa desta sexta-feira. Mencionou também os casos de alguns lares, bairros e ainda a circulação comunitária do vírus e a transmissão em ambiente habitacional.

No entanto, “o padrão em Lisboa é de adultos jovens, nem todas as situações têm a ver com empresas ou obras”, disse. 

covid-19 "não é uma constipação"

“Os jovens têm tendência a ter doença ligeira, mas isto não é uma constipação. Não se esqueçam que, mesmo com doença ligeira, podem transmitir a grupos de risco e a familiares”, alertou a directora-geral da Saúde.

“Há uma tendência para aliviar o comportamento. A única forma de este vírus não se transmitir é evitarmos o contacto físico próximo, os aglomerados de pessoas e utilizar máscara em determinadas circunstâncias, o que complementa a protecção”, reforçou Graça Freitas, destacando ainda que “não se podem tolerar comportamentos que ponham em risco a saúde pública”. “Depende de nós e do nosso comportamento interromper cadeias de transmissão”, afirmou.

Mais de 796 mil testes realizados em Portugal

Desde 1 de Março foram feitos “mais de 796 mil testes de diagnóstico” e há um milhão de testes em stock, anunciou António Lacerda Sales, acrescentando que na quinta-feira foram realizadas “mais de 10.200 vigilâncias clínicas através da plataforma Trace Covid”, que conta com 450 mil utentes seguidos por “mais de 73 mil profissionais de saúde”.

Desde o início da pandemia foram contratados cerca de três mil profissionais de saúde: 125 médicos, mais de 900 enfermeiros, 205 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, 1350 assistentes profissionais, entre outros profissionais.

“Estamos mais capacitados, mais preparados, com maior resposta no Serviço Nacional de Saúde, quer para a ‘actividade covid’, quer para a ‘actividade não-covid’”, garantiu o secretário de Estado da Saúde.

Com a entrada na terceira fase de desconfinamento a acontecer no dia 1 de Junho, Lacerda Sales salientou ainda que “a nossa liberdade é directamente proporcional à nossa responsabilidade”.

​Vacinação e idas ao hospital não devem ser adiadas

António Lacerda Sales voltou a apelar a que as pessoas “não tenham medo” de ir aos hospitais se necessitarem. “Existem equipamentos de protecção individual e estão reunidas as condições para que todos os actos assistenciais sejam feitos com segurança”, garantiu o secretário de Estado da Saúde, que aproveitou para relembrar que as máscaras devem ser colocadas no lixo.

Já Graça Freitas reforçou o apelo para que a vacinação das crianças não seja adiada: “Apelo a todos os cuidadores que levem as crianças aos centros de saúde e que não adiem a vacinação.”