Comecemos por tirar de cima da mesa os argumentos que não fazem sentido — em meu entender — no debate sobre as restrições que se propõem ao acesso à nacionalidade portuguesa por parte dos descendentes de judeus sefarditas expulsos pelas perseguições e intolerância religiosa, em particular da Inquisição. Não, não faz sentido, para mim, falar de anti-semitismo para caracterizar a atitude daqueles que defendem estas restrições. Mas por outro lado, é também inteiramente inadequado acenar com fantasmas de fraude e oportunismo na utilização da própria lei quando não há quaisquer provas desse tipo de utilizações da lei — em parte, porque essas insinuações e falsos testemunhos podem sim legitimar preconceitos.
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Comecemos por tirar de cima da mesa os argumentos que não fazem sentido — em meu entender — no debate sobre as restrições que se propõem ao acesso à nacionalidade portuguesa por parte dos descendentes de judeus sefarditas expulsos pelas perseguições e intolerância religiosa, em particular da Inquisição. Não, não faz sentido, para mim, falar de anti-semitismo para caracterizar a atitude daqueles que defendem estas restrições. Mas por outro lado, é também inteiramente inadequado acenar com fantasmas de fraude e oportunismo na utilização da própria lei quando não há quaisquer provas desse tipo de utilizações da lei — em parte, porque essas insinuações e falsos testemunhos podem sim legitimar preconceitos.