Costa avisa comissão executiva da TAP de que plano de rotas “não tem credibilidade”
“Não tem credibilidade qualquer plano de rotas definido pela TAP, sem a prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras definida pela República Portuguesa”, acentuou o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro afirmou nesta terça-feira que um plano de rotas sem prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras de Portugal “não tem credibilidade” e salientou que a comissão executiva da TAP tem o dever legal de “gestão prudente”.
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O primeiro-ministro afirmou nesta terça-feira que um plano de rotas sem prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras de Portugal “não tem credibilidade” e salientou que a comissão executiva da TAP tem o dever legal de “gestão prudente”.
Estas posições foram transmitidas por António Costa à agência Lusa, em reacção ao anúncio feito pela comissão executiva da TAP sobre o plano de retoma de rotas a partir de Junho.
António Costa começou por frisar que “a gestão das fronteiras é responsabilidade soberana do Estado português” e que a presente pandemia de covid-19 “exigiu e exige por tempo ainda indeterminado a imposição de restrições na circulação nas fronteiras terrestre, marítima e aérea”.
“Não tem credibilidade qualquer plano de rotas definido pela TAP, sem a prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras definida pela República Portuguesa”, acentuou o primeiro-ministro.
António Costa disse mesmo ver-se “obrigado a recordar à comissão executiva da TAP os deveres legais de gestão prudente e responsável da companhia”.
Esse conjunto de deveres legais de gestão prudente e responsável na gestão da transportadora aérea nacional, de acordo com o primeiro-ministro, “não é compatível com a definição, divulgação e promoção de planos de rotas cuja viabilidade depende da vontade soberana da República Portuguesa na gestão das suas fronteiras”.
Na terça-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tinha afirmado que acompanhava “a preocupação manifestada por vários partidos políticos e autarcas relativamente ao plano de retoma de rotas da TAP, em particular no que respeita ao Porto”.