Máscaras e um lugar de separação: salas de espectáculos podem reabrir a 1 de Junho

Todas as filas poderão ser ocupadas e existirá um lugar de intervalo entre os espectadores em cada uma delas. Todos os espectáculos, incluindo os de acesso gratuito, exigirão bilhete.

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As portas de acesso vão ficar abertas em permanência para evitar o seu manuseamento Miguel Manso

A partir do dia 1 de Junho, depois de uma paralisação que se estendeu durante mais de dois meses, os teatros, cinemas e outros recintos de espectáculos fechados têm luz verde para reabrir, com todas as filas ocupadas e um lugar de intervalo entre os espectadores, que serão obrigados a utilizar máscara protectora. O anúncio foi feito esta terça-feira pela ministra da Cultura, numa medida que faz parte da terceira fase do plano de desconfinamento do Governo.

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A partir do dia 1 de Junho, depois de uma paralisação que se estendeu durante mais de dois meses, os teatros, cinemas e outros recintos de espectáculos fechados têm luz verde para reabrir, com todas as filas ocupadas e um lugar de intervalo entre os espectadores, que serão obrigados a utilizar máscara protectora. O anúncio foi feito esta terça-feira pela ministra da Cultura, numa medida que faz parte da terceira fase do plano de desconfinamento do Governo.

Para que as diferentes instalações culturais autorizadas a retomar a programação com público consigam assegurar as distâncias de segurança necessárias, todos os espectáculos, incluindo as actuações ao ar livre e mesmo os de acesso gratuito, deverão exigir bilhete. Só existirão ingressos para lugares sentados e, com uma cadeira de separação entre “espectadores que não sejam coabitantes”, os lugares ocupados devem “ficar desencontrados” na fila seguinte, em xadrez.

O gabinete da ministra Graça Fonseca avança ainda que “deve ser garantida a distância de pelo menos dois metros entre a boca de cena e a primeira fila”. No que diz respeito a recintos ao ar livre, os lugares deverão ser “previamente identificados”, através de “cadeiras”, “marcação no chão” ou “outros elementos fixos”, para que exista uma distância de um metro e meio entre os diversos membros da plateia.

Os camarotes só podem ser ocupados por pessoas do mesmo agregado familiar se tiverem “seis ou menos lugares”. Os que tenham espaço para mais de seis cadeiras podem ser ocupados consoante as mesmas regras aplicáveis às restantes secções da sala.

Os equipamentos culturais, que terão de implementar um “plano de limpeza regular”, com processos de “higienização completa” das salas “antes da abertura de portas e logo após o final de cada sessão”, verão a sua logística ligeiramente alterada. As entradas e saídas de pessoas devem ter “circuitos próprios e separados”, as áreas de espera e atendimento precisam de ser organizadas “por forma a evitar a formação de filas” e as portas de acesso vão ficar abertas em permanência para evitar “o seu manuseamento”.

O público deverá aceder ao interior dos recintos “por ordem de fila, no sentido do palco ou do ecrã para a entrada da sala”, sendo que a saída será “organizada em sentido inverso”. No meio destas alterações, não devem existir intervalos entre as sessões. Perante a impossibilidade deste cenário, avisa o Ministério da Cultura, a sua duração deve “ser reduzida ao mínimo indispensável, recomendando-se aos espectadores que permaneçam sentados até ao reinício” da actuação.

De modo a assegurar a higiene e a segurança dos “corpos artísticos” e das “equipas técnicas” no local de trabalho, artistas e colaboradores terão que medir a temperatura à chegada ao edifício. As salas de ensaio e os camarins, que deverão arejar naturalmente “sempre que possível” e “quando aplicável”, deverão munir-se de gel desinfectante, toalhetes e toalhas individuais. Não se recomenda a partilha de instrumentos ou acessórios durante ensaios ou concertos.