PCP rejeita responsabilização de trabalhadores pelo surto na Azambuja

A estrutura concelhia do PCP da Azambuja “rejeita a responsabilização dos trabalhadores pela situação criada e a ilibação das entidades empregadoras, como fez a ministra da Saúde, não referindo as condições de transporte”.

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Apeadeiro do Espadanal - Azambuja Miguel Manso

O PCP da Azambuja rejeitou neste domingo a responsabilização de trabalhadores pelo surto de covid-19 num pólo empresarial do concelho, lamentou declarações da ministra da Saúde nesse sentido e exigiu “medidas concretas”.

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O PCP da Azambuja rejeitou neste domingo a responsabilização de trabalhadores pelo surto de covid-19 num pólo empresarial do concelho, lamentou declarações da ministra da Saúde nesse sentido e exigiu “medidas concretas”.

Em comunicado, a estrutura concelhia do PCP da Azambuja, no distrito de Lisboa, “rejeita a responsabilização dos trabalhadores pela situação criada e a ilibação das entidades empregadoras, como fez a ministra da Saúde, não referindo as condições de transporte, em particular na Linha de Azambuja”.

Em conferência de imprensa realizada no sábado, a ministra Marta Temido afirmou que os surtos de covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo, que são “um foco prioritário de atenção” das autoridades de saúde, têm origem provável em comportamentos individuais de maior relaxamento em momento de pausa no trabalho.

No comunicado deste domingo, a comissão concelhia de Azambuja do PCP exige ainda “medidas concretas do Governo, perante a dramática situação no concelho”, como a realização de testes a todos os trabalhadores em empresas da área.

Reclama igualmente a “definição de planos de Saúde Pública e de Higiene e Segurança no Trabalho, dotação de todos com equipamentos de protecção individual, a suportar pelas entidades empregadoras, e o aumento da oferta de transportes públicos e colectivos”. Tudo, acrescenta, “sem implicar a perda de direitos ou de rendimentos dos trabalhadores”.

Nos últimos dias foram reportados focos de infecção na zona da Azambuja, na região da Grande Lisboa, tendo a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, referido na sexta-feira que havia 81 trabalhadores de três empresas com testes positivos para covid-19. Só o centro logístico da Sonae tinha 76 casos positivos confirmados, adiantou Graça Freitas.

Fonte da Sonae MC já disse à agência Lusa que a empresa implementou um conjunto de medidas para “minorar este problema”, nomeadamente o desfasamento dos horários dos turnos e a duplicação de autocarros que transportam os trabalhadores até ao armazém.

Por sua vez, a empresa Infra-estruturas de Portugal (IP) fez saber que as estações ferroviárias passam a dispor de nova sinalética e materiais informativos sobre as medidas de combate à covid-19, inclusive uso obrigatório de máscara.

A posição foi expressa depois de o presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Luís de Sousa, ter alertado para as condições em que operam os comboios, o principal meio de transporte utilizado pelos trabalhadores para se deslocarem para o parque industrial daquele concelho.

“No cumprimento das orientações acordadas com o Governo, com o objectivo de minimização dos riscos na linha da Azambuja, a IP está a efectuar um reforço da sinalética ao nível do pavimento no apeadeiro do Espadanal”, avançou a empresa.