As políticas de reparação histórica têm mau nome — sem se considerar que, como em todas as políticas, há bons e maus exemplos. A legislação que abriu aos descendentes dos judeus portugueses fugidos às perseguições religiosas e à Inquisição a possibilidade de adquirirem a nacionalidade portuguesa é um dos melhores exemplos. A aprovação desta legislação foi possível porque foi feito um debate generoso e sereno, sem caricaturas sobre o “politicamente correto”, e em conjunto foi encontrada uma solução à altura da importância histórica que o tema tinha. Seria bom que no debate sobre outros temas — a escravatura, por exemplo —, em vez de se negar a realidade histórica e a importância moral do tema, se fizesse prova da mesma serenidade e espírito construtivo.
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As políticas de reparação histórica têm mau nome — sem se considerar que, como em todas as políticas, há bons e maus exemplos. A legislação que abriu aos descendentes dos judeus portugueses fugidos às perseguições religiosas e à Inquisição a possibilidade de adquirirem a nacionalidade portuguesa é um dos melhores exemplos. A aprovação desta legislação foi possível porque foi feito um debate generoso e sereno, sem caricaturas sobre o “politicamente correto”, e em conjunto foi encontrada uma solução à altura da importância histórica que o tema tinha. Seria bom que no debate sobre outros temas — a escravatura, por exemplo —, em vez de se negar a realidade histórica e a importância moral do tema, se fizesse prova da mesma serenidade e espírito construtivo.