Recorde de desconfinamento foi ultrapassado esta segunda-feira. 55% dos portugueses já saíram à rua

A consultora deixa claro que os números ainda estão muito aquém dos valores registados numa segunda-feira “normal”. Antes da pandemia, o valor médio de portugueses que saíam à rua era de 75%. Nesta segunda-feira, 55% dos portugueses já começaram o desconfinamento.

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LUSA/MÁRIO CRUZ

Esta segunda-feira, primeiro dia do plano da reabertura progressiva de estabelecimentos colocada em marcha pelo Governo, 55% dos portugueses saíram de casa, o valor mais alto de desconfinamento desde o início da pandemia. Estes dados constam de um relatório divulgado pela consultora PSE, especializada em ciência de dados. As informações relativas a esta segunda-feira são provisórias, tendo sido recolhidos dados apenas até às 18h.

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Esta segunda-feira, primeiro dia do plano da reabertura progressiva de estabelecimentos colocada em marcha pelo Governo, 55% dos portugueses saíram de casa, o valor mais alto de desconfinamento desde o início da pandemia. Estes dados constam de um relatório divulgado pela consultora PSE, especializada em ciência de dados. As informações relativas a esta segunda-feira são provisórias, tendo sido recolhidos dados apenas até às 18h.

A consultora deixa claro que os números ainda estão muito aquém dos valores registados numa segunda-feira “normal”. Antes da pandemia, o valor médio de portugueses que saíam à rua era de 75%.

Os números do passado sábado e domingo também bateram um recorde de desconfinamento para o final de semana, com cerca de 50% dos portugueses nas ruas.

Apesar de os números continuarem a aumentar, a PSE reforça que o desconfinamento está a evoluir de forma suave e controlada.

Para um universo de 6.996.113 indivíduos residentes nas regiões estudadas a margem de erro imputável ao estudo é de 1.62% para um intervalo de confiança de 95%.

A recolha de dados da PSE é feita a partir de uma aplicação em smartphones (com recolha de dados contínua através de monitorização de localização e meios de deslocação via aplicação móvel) e abrange pessoas com mais de 15 anos das regiões do Grande Porto, Grande Lisboa, litoral norte, litoral centro e distrito de Faro. Ainda que se trate de uma amostra representativa da sociedade portuguesa, os responsáveis do projecto referem que uma das limitações do estudo é o facto de não incluir as regiões do interior e do Alentejo

Receosos de serem infectados ou de perder o emprego ou rendimento, nervosos e deprimidos ao fim de dois meses fechados em casa, os portugueses não parecem preparados para o desconfinamento, indica um inquérito do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião (Cesop) da Universidade Católica feito a 898 portugueses, numa amostra representativa da população, entre os dias 6 e 11 de Maio.

O inquérito, noticiado no domingo no PÚBLICO, mostra, por exemplo, que os portugueses continuam a evitar transportes públicos e as idas aos hospitais e centros de saúde, apesar dos apelos para que não deixem de ir, lançados repetidamente pela Direcção-Geral da Saúde.