Ministério Público acusa neonazis de crimes violentos contra minorias

Ministério Público ultima acusação contra 37 indivíduos suspeitos de associação ao grupo neonazi Portuguese Hammerskins. Há 18 vítimas de agressões violentas e tentativas de homicídio.

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O Ministério Público constituiu 37 arguidos após uma investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ) a uma vaga de crimes de ódio, envolvendo grande violência e incluindo tentativas de homicídio, contra membros de minorias étnicas, homossexuais e comunistas. A notícia é avançada este sábado pelo Diário de Notícias, que acrescenta que os suspeitos serão extremistas ligados ao movimento neonazi Portuguese Hammerskins (PHS). 

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O Ministério Público constituiu 37 arguidos após uma investigação da Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ) a uma vaga de crimes de ódio, envolvendo grande violência e incluindo tentativas de homicídio, contra membros de minorias étnicas, homossexuais e comunistas. A notícia é avançada este sábado pelo Diário de Notícias, que acrescenta que os suspeitos serão extremistas ligados ao movimento neonazi Portuguese Hammerskins (PHS). 

A acusação deverá ser concluída nos próximos dias, e sublinhará que está em causa um grupo criminoso altamente organizado e estruturado, com um objectivo claro de promover e executar crimes de ódio contra minorias.

Este é o mais recente golpe contra grupos violentos de extrema-direita em Portugal, depois de em 2016 terem sido detidos cerca de 20 skinheads e de em 2008 terem sido levados a julgamento outros 36 indivíduos, incluindo o então líder dos PHS, Mário Machado. O Diário de Notícias acrescenta que cinco dos novos 37 arguidos já tinham sido condenados pelo envolvimento na morte do cabo-verdiano Alcindo Monteiro, espancado no Bairro Alto, em Lisboa, em 1995.

Desta vez há 18 vítimas, incluindo um militante comunista que terá ficado à beira da morte e com lesões cerebrais permanentes após ter sido espancado por neonazis. Haverá também duas tentativas de homicídio cujos processos tinham sido arquivados, devido ao medo de represálias expresso pelas vítimas, mas que foram entretanto reabertos no âmbito deste processo. Em todos os casos, as vítimas enquadram-se no perfil de alvos de crimes de ódio, seja por motivos raciais, religiosos, sexuais ou políticos.

O PÚBLICO tentou obter uma confirmação por parte da Procuradoria-Geral da República mas até ao fecho desta edição tal revelou-se impossível.