Paraquedistas portugueses em operação de paz na República Centro-Africana

Acção conjunta com tropas do Paquistão e Sri Lanka, amando da ONU, de protecção à população dos ataques da Frente Popular para o Renascimento.

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Militar das Forças Nacionais Destacadas Rui Gaudencio

Paraquedistas portugueses estão a participar numa operação conjunta das Nações Unidas no norte da República Centro-Africana com a missão de protecção de civis, na sequência de um confronto em que morreram 30 pessoas. A informação foi transmitida este sábado pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) através de um comunicado. 

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Paraquedistas portugueses estão a participar numa operação conjunta das Nações Unidas no norte da República Centro-Africana com a missão de protecção de civis, na sequência de um confronto em que morreram 30 pessoas. A informação foi transmitida este sábado pelo Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) através de um comunicado. 

“Os paraquedistas do Exército português da 7.ª Força Nacional Destacada em missão na República Centro-Africana ao serviço das Nações Unidas estão a conduzir uma operação conjunta com forças de capacetes azuis do Paquistão, contando igualmente com o apoio de helicópteros do Sri Lanka e do Paquistão, tendo como objectivo a estabilização da paz na região de Ndélé, situada no norte do país junto à fronteira com o Chade”, lê-se na nota.

De acordo com o EMGFA, “por forma a garantir a protecção da população civil local, os paraquedistas do Exército português, apoiados pelos controladores aéreos avançados da Força Aérea Portuguesa, estão desde quarta-feira feira, a patrulhar a região de Ndélé”.

O EMGFA refere que “a missão prioritária é a protecção de civis, através da dissuasão e restrição de movimentos de elementos armados afectos ao grupo armado FPRC (Frente Popular para o Renascimento da República Centro Africana)”.

“Surge após o confronto entre duas facções (Rounga e Goula) do mesmo grupo armado, no passado 29 de Abril, que resultaram na morte de 30 pessoas (entre os quais 21 civis), 50 feridos e mais de 8000 deslocados”, adianta.

No mesmo comunicado, refere-se também que os paraquedistas portugueses saíram da capital da República Centro-Africana, Bangui, há dez dias, e deslocaram-se cerca de 650 quilómetros por via terrestre, o que, “por força das condições meteorológicas e do terreno”, levou quatro dias.

Esta é a 7.ª Força Nacional Destacada na República Centro-Africana, onde Portugal está presente desde 2017, sendo o actual contingente composto por 180 militares, maioritariamente tropas especiais paraquedistas do Exército, integrando ainda militares de outras unidades do Exército e controladores aéreos avançados da Força Aérea.