Covid-19: mais seis mortes (a taxa de crescimento mais baixa até agora) e 264 casos em Portugal
A taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 15,4%. Há 3328 pessoas que recuperaram da infecção (mais 130 do que na quinta-feira) e 673 que estão internadas (menos sete do que no dia anterior), 112 delas em unidades de cuidados intensivos.
Foram registadas mais seis mortes por covid-19 em Portugal (um crescimento de 0,5%, o mais baixo até agora, num total de 1190) e mais 264 casos confirmados, para um total de 28.583 pessoas que foram infectadas com o vírus SARS-CoV-2 – o que corresponde a uma taxa de crescimento de 0,9%.
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Foram registadas mais seis mortes por covid-19 em Portugal (um crescimento de 0,5%, o mais baixo até agora, num total de 1190) e mais 264 casos confirmados, para um total de 28.583 pessoas que foram infectadas com o vírus SARS-CoV-2 – o que corresponde a uma taxa de crescimento de 0,9%.
A taxa de letalidade global da doença é de 4,2%, e sobe para 15,4% acima dos 70 anos, de acordo com o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa desta sexta-feira. Pelo menos 81,8% dos doentes estão a ser receber tratamento em casa e 2,4% estão internados: 2% em enfermarias, 0,4% nos cuidados intensivos. São 673 as pessoas que estão internadas (menos sete do que no dia anterior), 112 delas em unidades de cuidados intensivos. Há ainda 3328 pessoas que recuperaram da infecção (mais 130 do que na quinta-feira).
António Lacerda Sales referiu ainda que, desde 4 de Maio, se verificou em Portugal uma redução de mais de 17% nos casos em internamento hospital e de 16% nos internamentos em unidades de cuidados intensivos. Os casos recuperados “também tiveram um aumento superior a 90%”. Apesar disso, o secretário de estado reforçou que os números “não significam que devamos relaxar os cuidados e as medidas de distanciamento e higiene”.
Relativamente aos óbitos, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, afirmou que 86,6% dos óbitos estão acima dos 70 anos, sendo que a grande maioria das vítimas mortais apresentava outras condições, “muitas vezes graves”, neurológicas, cardiovasculares ou oncológicas. Houve situações em que não foi registada qualquer outra doença no registo do óbito, mas foram “situações muito pontuais”.
Sobre o valor de Rt (o número médio de contágios causados por cada pessoa infectada), Graça Freitas adiantou que o valor total no país está nos 0,97, “com muito pequenas variações regionais”. A directora-geral adiantou que a região Centro, “apesar de ter poucos casos novos”, tem um valor superior a 1 (1,03). Os valores de Rt dizem respeito aos dados dos cinco dias anteriores.
O Norte continua a ser a região com mais casos (são 16.214 infectados e 677 mortes), ainda que seja Lisboa o concelho com mais infectados: 1871. Os números foram divulgados esta sexta-feira no boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que actualiza os dados diariamente com a informação recebida até à meia-noite do dia anterior.
Mais de 600 mil testes desde o início do surto
Já foram feitos mais de 600 mil testes de diagnóstico em Portugal desde o início do surto, em Março, e António Lacerda Sales afirmou que o desconfinamento “não significou um relaxamento da testagem”. O país continua a aumentar o número de testes realizados, sendo que a 13 de Maio foram realizados 17.500 testes, o máximo diário desde o início do surto.
O secretário de Estado da Saúde adiantou que a rede de testagem é composta por 78 laboratórios: 32 no Serviço Nacional de Saúde, 22 privados e “24 referentes a outros laboratórios que englobam a Academia ou o Laboratório Militar”.
Lacerda Sales não comentou o estudo da Fundação Champalimaud que indica que o número de profissionais de saúde infectados pode ser dez vezes superior ao identificado, mas adiantou que sempre que um doente teve um teste com resultado positivo, “todos os contactos próximos profissionais, quer sintomáticos, quer assintomáticos foram testados e monitorizados” pelas instituições. Além disso, “todos os profissionais das estruturas que foram desactivadas” foram também testados, tendo ainda sido distribuído material de protecção.
Sobre a situação portuguesa em relação a casos de síndrome respiratória com sintomas semelhantes à síndrome de Kawasaki, Graça Freitas adiantou que o caso da criança portuguesa foi reportado e surge nas estatísticas internacionais do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) publicadas esta sexta-feira. “Felizmente foi uma criança que, tanto quanto sabemos, já teve alta”, disse a directora-geral. Graça Freitas garantiu que os serviços de pediatria estão atentos e “prontos não só para diagnosticar, como também para tratar” eventuais casos que surgem.
Quanto ao fármaco hidroxicloroquina, Graça Freitas disse que é sempre necessário “pesar os riscos e benefícios”, quando utilizada, e que a decisão é sempre médica. A directora-geral acrescentou que, até à data, “em Portugal não foram reportadas reacções adversas”, de acordo com o Infarmed.
Na quinta-feira tinha sido registado pela DGS um total de 1184 mortes e um crescimento de casos de 0,7% para um total de 28.319 casos confirmados.
Até esta sexta-feira, havia registo oficial de 4,4 milhões de casos de pessoas que foram infectadas com o vírus SARS-CoV-2. Dessas, 302 mil pessoas morreram e 1,5 milhões recuperaram da doença.