Novos médicos sem lugar para se sentarem nos centros de saúde de Almancil e Quarteira

Câmara a Administração Regional de Saúde (ARS) investem cinco milhões nos centros de saúde do concelho de Loulé.

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VASCO CELIO/STILLS (colaborador)

À falta de médicos, no Algarve, junta-se as deficientes instalações dos centros de saúde. No concelho de Loulé – onde se regista um dos maiores crescimentos da população na zona litoral – estão 11 médicos de Medicina Familiar, em formação, mas nem todos terão lugar físico para trabalhar quando terminarem a especialidade. “Teríamos uma cobertura do concelho a 100% de médicos de família mas falta lugar para os sentar”, afirmou nesta sexta-feira o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, Paulo Morgado, no final da assinatura de um protocolo de cooperação da administração central com a autarquia para a construção do edifício que vai receber a Unidade de Saúde Familiar do concelho e a sede do Agrupamento de Centros de Saúde do Algarve. E onde já deverá haver lugar para todos.

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À falta de médicos, no Algarve, junta-se as deficientes instalações dos centros de saúde. No concelho de Loulé – onde se regista um dos maiores crescimentos da população na zona litoral – estão 11 médicos de Medicina Familiar, em formação, mas nem todos terão lugar físico para trabalhar quando terminarem a especialidade. “Teríamos uma cobertura do concelho a 100% de médicos de família mas falta lugar para os sentar”, afirmou nesta sexta-feira o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, Paulo Morgado, no final da assinatura de um protocolo de cooperação da administração central com a autarquia para a construção do edifício que vai receber a Unidade de Saúde Familiar do concelho e a sede do Agrupamento de Centros de Saúde do Algarve. E onde já deverá haver lugar para todos.

O concurso para a construção do novo complexo de saúde está previsto ser lançado ainda durante o Verão. A obra, no valor de 3,7 milhões de euros, é suportada em 65% pela autarquia, cabendo os restantes 35% à ARS. O presidente da câmara, Vítor Aleixo, justificou o investimento como uma “necessidade de reforçar o Serviço Nacional de Saúde”, voltando a destacar a “necessidade e urgência” da construção do novo Hospital Central do Algarve para dotar a região de meios técnicos e humanos capazes de enfrentar os desafios que tem pela frente.

Por seu lado, a secretária de Estado da Saúde, Jamila Madeira aproveitou a ocasião para “reiterar os agradecimentos” aos profissionais de saúde no combate à pandemia, lembrando de igual modo o “papel importante” das câmaras municipais nas medidas preventivas definidas pela Direcção-Geral de Saúde.

Na Unidade de Saúde Familiar de Loulé (USF) ficará também alojado uma valência do projecto do Algarve Biomedical Center (ABC), ligado ao Curso de Medicina da Universidade do Algarve, para além da melhoria das instalações da actual Unidade de Cuidados Continuados.

Por outro lado, os Centros de Saúde de Almancil e Quarteira, onde “os médicos não têm lugar para se sentar”, vão, também, beneficiar de obras de remodelação e beneficiação. Em Almancil vão ser criados oito gabinetes médicos, o que representa uma duplicação da área das actuais instalações. No centro de saúde de Quarteira está previsto a construção de mais sete gabinetes médicos e uma sala de tratamentos. O investimento, nestas duas últimas unidades de saúde, representa mais meio milhão de euros, a juntar aos 3, 7 milhões na USF de Loulé.