Banca recebeu 300 mil pedidos de moratórias de créditos
Moratórias correspondem a créditos superiores a 25 mil milhões de euros, o que representa mais de 10% do total do crédito concedido, avançou hoje a APB
Os bancos já receberam mais de 300 mil pedidos de moratórias no pagamento de créditos, indicou hoje a Associação Portuguesa de Bancos em audição no Parlamento, no grupo de trabalho das comissões bancárias.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os bancos já receberam mais de 300 mil pedidos de moratórias no pagamento de créditos, indicou hoje a Associação Portuguesa de Bancos em audição no Parlamento, no grupo de trabalho das comissões bancárias.
O secretário-geral da APB, Norberto Rosa, esteve hoje a ser ouvido pelos deputados do grupo de trabalho das comissões bancárias, numa audição que não foi transmitida em directo pela ARTV.
Em comunicado, a APB divulgou a intervenção inicial do seu responsável, segundo o qual os bancos “já registaram mais de 300 mil pedidos de moratórias que correspondem a créditos superiores a 25 mil milhões de euros”, o que corresponde a mais de 10% do total do crédito concedido.
Ainda de acordo com Norberto Rosa, os bancos têm dito “presente” na crise, demonstrando que “estão absolutamente empenhados no apoio às famílias e empresas”.
Desde final de Março está em vigor a lei que permite a suspensão dos pagamentos das prestações de créditos à habitação e créditos de empresas (capital e/ou juros) por seis meses, de Abril a Setembro, estando a ser estudada pelo Governo a hipótese de essas moratórias serem estendidas.
Também os principais bancos que operam em Portugal acordaram moratórias para crédito ao consumo (não abrangido pela lei do Governo) e crédito à habitação, sendo que podem aceder à moratória clientes com quebras de 20% nos seus rendimentos (que a lei do Governo não abrange).