“O problema não é a doença, é a mortalidade. Se para o ano houver covid, vamos tentar que haja metade dos óbitos”

Professor da Escola Nacional de Saúde Pública, Alexandre Abrantes diz, em entrevista ao PÚBLICO, que é preciso manter “uma reserva estratégica” no internamento e nos cuidados intensivos para absorver novos picos epidémicos da covid.

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Alexandre Abrantes, professor da Escola Nacional de Saúde Pública D.R.

O Conselho Económico e Social realiza um ciclo de webinars para debater os problemas associados à crise provocada pela covid-19. “O SNS e a vigilância epidemiológica após a 1ª vaga” é o primeiro debate e realiza-se esta quarta-feira. Professor da Escola Nacional de Saúde Pública e um dos organizadores deste webinar, Alexandre Abrantes afirma, em entrevista ao PÚBLICO, que foi “bastante reconfortante” ver o Serviço Nacional de Saúde (SNS) responder à pandemia. O médico de saúde pública, e antigo vice-presidente do Hospital da Cruz Vermelha, diz que o país “não pode desfazer esta capacidade de acolher doentes muito graves, nomeadamente doentes de unidades de cuidados intensivos e que precisem de ventiladores”. Quanto ao privado, refere que não deu uma resposta significativa na pandemia, mas pode colaborar muito na retoma da actividade suspensa.

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