Covid-19: há mais 12 mortes e 219 infectados em Portugal
Há mais 169 pessoas “curadas” — num total de 3182 casos recuperados em Portugal. Excluindo esses casos e os óbitos, há 23.775 pessoas que continuam infectadas no país.
Portugal registou até esta quarta-feira mais 12 mortes do que no dia anterior (são agora 1175) e mais 219 casos de infecção (num total de 28.132), o que corresponde a uma taxa de crescimento de casos de infecção de 0,8%, a mesma de terça-feira. Os números foram divulgados pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) no boletim epidemiológico, actualizado todos os dias com os casos registados até à meia-noite do dia anterior.
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Portugal registou até esta quarta-feira mais 12 mortes do que no dia anterior (são agora 1175) e mais 219 casos de infecção (num total de 28.132), o que corresponde a uma taxa de crescimento de casos de infecção de 0,8%, a mesma de terça-feira. Os números foram divulgados pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) no boletim epidemiológico, actualizado todos os dias com os casos registados até à meia-noite do dia anterior.
Há 692 pessoas internadas (menos 17 do que no dia anterior), 103 delas em unidades de cuidados intensivos, menos dez do que na terça-feira.
Nesta quarta-feira, houve mais 169 pessoas “curadas” – num total de 3182 casos recuperados em Portugal. Excluindo esses casos e os óbitos, há 23.775 pessoas que continuam infectadas no país. Para se ser considerado curado, é preciso um teste com resultado negativo caso o tratamento esteja a ser feito em casa e dois testes com resultado negativo em 24 horas caso o paciente esteja no hospital.
Governo já analisa imunidade à covid-19 na população portuguesa
“O primeiro estudo transversal do Instituto Nacional de Saúde já está no terreno e visa testar a imunidade contra o vírus na população portuguesa.” A garantia foi dada nesta quarta-feira pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária de actualização do estado da pandemia.
O secretário de Estado aproveitou ainda a actualização dos números para adiantar que Portugal está “entre os países que mais testes de diagnóstico fazem à covid-19”. Lacerda Sales detalhou também que, “neste momento, já estão a ser feitos 250 testes por dia nas prisões, estando previsto aumentar a capacidade para 450 testes por dia”.
Sobre a redução de actos médicos na oncologia, o Governo reconhece redução em cirurgias não urgentes, mas apenas nessas. “Posso dizer, de forma geral, que temos dados comparando períodos homólogos. E, sim, temos menos 2500 doentes operados, o que em cirurgia oncologia é menos 15%. Mas a redução foi, essencialmente, em cirurgia de prioridade normal. Em relação à cirurgia muito prioritária até há um aumento de 7%”, explicou António Lacerda Sales.
Questionada sobre as regras para a época balnear, a DGS pediu mais tempo. “O parecer técnico é com avaliação do risco e com proposta de soluções. Da parte da saúde, o trabalho ainda não foi terminado.”
Por outro lado, haverá novidades em breve sobre os funerais, porque o documento “está em fase final”. “As normas terão dois princípios. O primeiro é garantir a dignidade e o luto na hora da morte. As famílias e amigos têm direito ao luto e a ter as cerimónias fúnebres. A outra questão é conciliar isto com o risco de transmissão. É preciso o equilíbrio entre a dignidade e o minimizar o risco. Há regras definidas. E, no momento do funeral, são as entidades gestoras dos cemitérios que decidem sobre o número máximo de pessoas”, explicou Graça Freitas.
O Governo deixou ainda a possibilidade de um regresso seguro no sector das pescas, com testagem alargada aos pescadores. “A pesca é um sector muito sensível, porque nas embarcações conflui muita gente em aglomerados. Está a ser articulado entre o Ministério do Mar, as autarquias locais e a saúde a possibilidade de testar [à covid-19] pescadores em algumas regiões”, argumentou Lacerda Sales.
Também sobre uma questão regional, a DGS abordou a situação epidemiológica em Setúbal. “Sobre as cadeias de transmissão em Setúbal, recordo que, nas últimas duas semanas, houve uma fábrica com um surto. Nos últimos dias, também apareceram cinco casos positivos na região. De facto, há pequenas cadeias de transmissão que foram identificadas, mas não quer dizer que estejam activas”, disse a directora-geral da Saúde, Graça Freitas.
E explicou: “Os contactos dessas pessoas estão em isolamento domiciliário, pelo que é possível que as cadeias tenham sido interrompidas. Mas temos de esperar os 14 dias. Ainda é um bocadinho cedo para garantir que as cadeias foram interrompidas.”
Até terça-feira tinham sido registadas 1163 mortes e um total de 27.913 casos de pessoas que foram infectadas (mais 0,8% do que no dia anterior) – e houve um número máximo de recuperados num só dia, com 464 pessoas consideradas “curadas”.
O continente americano tornou-se o novo foco mundial da pandemia, tendo ultrapassado a Europa em número de pessoas infectadas com o vírus SARS-CoV-2. Só nos Estados Unidos há mais de 1,3 milhões de infectados e 82 mil mortes. Por todo o mundo, a covid-19 já causou a morte a 291 mil pessoas e infectou, pelo menos, 4,2 milhões de pessoas.