Investigadores querem saber como vai acordar a diversão nocturna depois da crise da covid-19
Investigadores querem saber como sais à noite em casa — e que espaços de lazer nocturno não voltam a abrir depois da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Inquérito online procura respostas de quem sai para ser divertir ou para trabalhar no Porto e em Lisboa.
Uma equipa de investigadores quer conhecer os novos hábitos de lazer nocturno durante o isolamento social e analisar os impactos culturais e económicos “muito significativos e preocupantes” das medidas de contenção da covid-19 nos artistas, nos empresários e nos frequentadores da noite do Porto e de Lisboa.
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Uma equipa de investigadores quer conhecer os novos hábitos de lazer nocturno durante o isolamento social e analisar os impactos culturais e económicos “muito significativos e preocupantes” das medidas de contenção da covid-19 nos artistas, nos empresários e nos frequentadores da noite do Porto e de Lisboa.
Para isso, a rede internacional de estudos sobre a noite LXNIGHTS, em parceria com a associação Kosmicare e sob a coordenação do investigador Jordi Nofre, da Universidade Nova de Lisboa, lançaram um inquérito online que servirá de ponto de partida “de um trabalho de continuidade e de seguimento dos impactos reais da actual crise na vida nocturna a meio e longo prazo”, escrevem, num comunicado enviado ao P3.
“O encerramento massivo de bares, restaurantes, discotecas, salas de concertos e outros estabelecimentos comerciais associados à noite, ameaça destruir a vida nocturna das nossas cidades”, escrevem os investigadores da NOVA FCSH, do CIES-IUL e da FEP-UCP.
A equipa, liderada pelo doutorado em Geografia Humana pela Universidade de Barcelona e que investiga lazer nocturno e cidades pós-recessão, espera respostas de “artistas, músicos e DJs; promotores e organizadores de eventos; empresários e gerentes de espaços de lazer nocturno; trabalhadores do sector do lazer nocturno e frequentadores destes ambientes”.