Agricultores do Alentejo e empresas doam trigo, farinha e massa ao Banco Alimentar

A doação de quatro toneladas de farinha e uma tonelada de massa envolveu agricultores do Alentejo e o sector da transformação de cereais.

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Daniel Rocha

Agricultores do Alentejo e duas empresas doaram hoje à Rede de Emergência do Banco Alimentar Contra a Fome cinco toneladas de farinha e massa produzidas com trigo da região e destinadas a famílias carenciadas, devido à covid-19.

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Agricultores do Alentejo e duas empresas doaram hoje à Rede de Emergência do Banco Alimentar Contra a Fome cinco toneladas de farinha e massa produzidas com trigo da região e destinadas a famílias carenciadas, devido à covid-19.

A doação de quatro toneladas de farinha e uma tonelada de massa envolveu agricultores do Alentejo e o sector da transformação de cereais “no combate à fome de quem perdeu recursos económicos e financeiros em tempo de pandemia”, referiu, em comunicado, a Associação Nacional de Produtores de Proteaginosas, Oleaginosas e Cereais (ANPOC), que encabeçou a acção solidária.

“Apesar dos desafios que o sector agrícola enfrenta, não podíamos ficar indiferentes à crise provocada pela covid-19, por isso, unimos a fileira dos cereais para garantir que não faltam alimentos básicos de produção nacional na mesa dos portugueses”, explicou o presidente da ANPOC, José Pereira Palha, citado no comunicado.

Segundo a associação, através da doação, os agricultores e produtores do Alentejo e as empresas transformadoras Germen e Cerealis “garantem a distribuição de massa e farinha de origem nacional a centenas de famílias carenciadas em todo o país”.

A doação é “fruto de um esforço conjunto” dos agricultores e produtores de cereais do Alentejo, que “ofereceram o trigo”, da Germen, que “o transformou em farinha”, e da Cerealis, que “ficou responsável pela produção da massa”, explicou a associação.

De acordo com José Pereira Palha, a adesão dos agricultores e produtores do Alentejo e das empresas à iniciativa foi “imediata” e “só mostra que a agricultura portuguesa continua a contribuir para o desenvolvimento económico nacional, mas também a promover a solidariedade”.

“Vivemos um tempo inédito, que nos obriga a ser inovadores na procura de soluções para combater a fome. Os agricultores e as transformadoras portugueses sempre nos ajudaram, mas, estando também eles a enfrentar desafios, só podemos reforçar o nosso agradecimento por esta doação de trigo transformado em farinha e massa”, salientou a presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, citada no comunicado.

As cinco toneladas de alimentos foram entregues nesta segunda-feira em Lisboa ao Banco Alimentar Contra a Fome na presença do vice-presidente da ANPOC, José Maria Rasquilha, em representação da fileira dos cereais.