Pinto da Costa diz que FC Porto deve ser campeão se I Liga não terminar

Os “dragões” vão à frente do campeonato quando faltam disputar 10 jornadas da I Liga

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Pinto da Costa LUSA/JOSÉ COELHO

O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, considerou nesta segunda-feira que, caso a I Liga de futebol não se consiga concluir, o título devia ser entregue ao líder da prova, à semelhança do que aconteceu no segundo escalão.

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O presidente do FC Porto, Pinto da Costa, considerou nesta segunda-feira que, caso a I Liga de futebol não se consiga concluir, o título devia ser entregue ao líder da prova, à semelhança do que aconteceu no segundo escalão.

Em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência sobre o Porto Canal com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, Pinto da Costa lembrou a decisão da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que ascendeu à I Liga os dois primeiros classificados da divisão secundária (Nacional e Farense).

“O que tem sido feito nos campeonatos que acabam é que conta a classificação que está, não a que gostaríamos que fosse. A própria federação e a Liga já o demonstraram quando interromperam a II Liga e quem subiu foi o primeiro e o segundo, quando o terceiro ainda tinha oportunidade de subida. Os dois últimos foram os que desceram, quando podiam hipoteticamente salvar-se. Não vejo que pudesse haver um critério para a II Liga e na I Liga ser diferente”, sublinhou.

Pinto da Costa expressou que “há todas as condições para o futebol voltar”, após a suspensão decretada em 12 de Março devido à pandemia da covid-19, e frisou que, “se o futebol não voltar, então não pode voltar actividade nenhuma”.

Mais perigoso a restauração

“Corre muito mais perigo um funcionário da restauração do que um jogador na casa dos 20/30 anos, que tem uma alimentação cuidada e cuidados médicos da máxima atenção. Acho que se estão a cair em exageros e é importante que o bom senso prevaleça”, afirmou.

Os futebolistas do FC Porto Danilo Pereira, Zé Luís e Soares mostraram-se desagradados com as condições divulgadas no domingo para o regresso do futebol, mas Pinto da Costa considerou que “esse desagrado foi generalizado”.

“Eu não compreendo como é que se quer proibir um profissional de futebol, que vai exercer a sua actividade, e depois tem de ir directamente para casa, não pode conviver com ninguém e um profissional da restauração pode, em vez de ir para casa, ir para onde muito bem entender. Isso é cortar a liberdade às pessoas e penso que é injustificável”, disse.

O FC Porto regressou aos treinos há uma semana, tendo em vista o regresso da competição em 30 e 31 de Maio, previsto no plano de desconfinamento anunciado pelo Governo, que também permitiu a realização da final da Taça de Portugal, entre os “dragões” e o Benfica, e de actividades individuais ao ar livre.

O presidente do emblema portuense, que é líder da I Liga, com 60 pontos, mais um do que o campeão Benfica (59), viu “um entusiasmo fantástico” dos jogadores durante a semana e ficou “muito satisfeito”, notando ansiedade nos atletas “por ter contacto com a bola e uns com os outros”.

A data das eleições presidenciais no FC Porto, marcadas para 6 e 7 de Junho, levantou algumas críticas por parte dos restantes candidatos, Nuno Lobo e José Fernando Rio, mas Pinto da Costa, que preside o clube desde 1982, referiu que “quando as coisas têm interesse, têm participação” por parte dos associados.