América Latina pós-covid-19: a volta do porco ou o tempo da fénix?
Só os derrubados têm a oportunidade de se levantar e há quem pense que o efeito terrível da pandemia na região de 613 milhões de pessoas pode ajudar a traçar outro rumo que não seja o da volta do capitalismo financeiro que no fim do ano terá atirado 214 milhões para a pobreza na América Latina, 83 milhões deles na extrema pobreza.
À América Latina, esta pandemia apanhou-a em desequilíbrio e a América Central e do Sul mais ainda. Desde a crise de 2014, o preço das matérias-primas desceu 27% segundo a Bloomberg e as exportações terminaram o ano a descer mais de 2%. A crise social agudizou-se e derivou em protestos na rua, quedas de governo, num 2019 de insatisfações sociais que augurava um 2020 de mudanças: um plebiscito no Chile, uma eleição na Bolívia, um regresso da esquerda ao poder na Argentina, um final de mandato presidencial conturbado no Equador.
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À América Latina, esta pandemia apanhou-a em desequilíbrio e a América Central e do Sul mais ainda. Desde a crise de 2014, o preço das matérias-primas desceu 27% segundo a Bloomberg e as exportações terminaram o ano a descer mais de 2%. A crise social agudizou-se e derivou em protestos na rua, quedas de governo, num 2019 de insatisfações sociais que augurava um 2020 de mudanças: um plebiscito no Chile, uma eleição na Bolívia, um regresso da esquerda ao poder na Argentina, um final de mandato presidencial conturbado no Equador.