Na pista de Dafoe chega-se a uma balada de perdição

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REUTERS/Fabrizio Bensch

 Em Albatross, canção de 1968 dos Fleetwood Mac, não existem palavras, só o som melancólico da guitarra e dos címbalos a reproduzir o ruído das ondas do mar. É um blues de três minutos que pode ser escutado em loop, tornando-se numa longa melodia, um sem fim como aquele que é sugerido aos marinheiros pela imensidão do oceano parado nos dias sem vento, sem temporal. And on, and on, and, on, diz um velho poema marítimo. Quase nada a ver com o gótico da composição de 1984 dos Iron Maiden, mais de treze minutos para falar do horror da perdição no mar. Chama-se The Rime of the Ancient Mariner, o mesmo título do poema 1798 de S. T. Coleridge que a inspirou, o tal velho poema citado acima. Curiosamente o mesmo poema que esteve na origem de Albatross que agora junta 40 artistas-leitores, entre escritores, actores, músicos, cantores mais outros tantos artistas plásticos para uma interpretação surpreendente da obra de Coleridge tida como inaugural do romantismo inglês.

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 Em Albatross, canção de 1968 dos Fleetwood Mac, não existem palavras, só o som melancólico da guitarra e dos címbalos a reproduzir o ruído das ondas do mar. É um blues de três minutos que pode ser escutado em loop, tornando-se numa longa melodia, um sem fim como aquele que é sugerido aos marinheiros pela imensidão do oceano parado nos dias sem vento, sem temporal. And on, and on, and, on, diz um velho poema marítimo. Quase nada a ver com o gótico da composição de 1984 dos Iron Maiden, mais de treze minutos para falar do horror da perdição no mar. Chama-se The Rime of the Ancient Mariner, o mesmo título do poema 1798 de S. T. Coleridge que a inspirou, o tal velho poema citado acima. Curiosamente o mesmo poema que esteve na origem de Albatross que agora junta 40 artistas-leitores, entre escritores, actores, músicos, cantores mais outros tantos artistas plásticos para uma interpretação surpreendente da obra de Coleridge tida como inaugural do romantismo inglês.