Covid-19: mais 16 mortes e 533 casos confirmados
Há 2258 pessoas recuperadas, mais 182 do que na quarta-feira. Desde o início de Março, foram realizados mais de 490 mil testes de diagnóstico.
Portugal registou esta quinta-feira mais 16 mortes por covid-19, o que corresponde a um aumento de 1,5% face a ontem, fazendo subir o total para 1105. Quanto ao número de casos confirmados, contam-se 26.715, mais 533, o equivalente a uma taxa de crescimento de 2%. Os dados constam no boletim epidemiológico desta quinta-feira da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
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Portugal registou esta quinta-feira mais 16 mortes por covid-19, o que corresponde a um aumento de 1,5% face a ontem, fazendo subir o total para 1105. Quanto ao número de casos confirmados, contam-se 26.715, mais 533, o equivalente a uma taxa de crescimento de 2%. Os dados constam no boletim epidemiológico desta quinta-feira da Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Há 2258 pessoas recuperadas, depois de um teste negativo (se estiverem a ser tratadas em casa) ou dois (se estiverem internadas num hospital). São mais 182 pessoas do que na quarta-feira.
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Foram realizados mais de 490 mil testes de diagnóstico desde o início de Março, com “73 laboratórios a processar amostras” em Portugal, sendo que “32 são do Serviço Nacional de Saúde, 19 de grupos privados e outros 22 são de outras entidades, como a academia ou o exército”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, durante a conferência de imprensa diária de actualização dos números.
A taxa de letalidade global da doença cifra-se, nesta quinta-feira, em 4,1%, mas a taxa de letalidade acima dos 70 anos é bastante superior: 15,1% de acordo com a informação partilhada durante a conferência.
Há 874 pessoas internadas, 135 delas nos cuidados intensivos — menos um internado nos cuidados intensivos do que no dia anterior. De acordo com os dados revelados esta quinta-feira, 84,1% dos doentes está a receber tratamento domiciliário e 3,3% está internado: 0,5% em unidades de cuidados intensivos e 2,8% em enfermaria.
A região mais afectada continua a ser o Norte, com 15.450 casos confirmados desde o início de Março e 634 mortes. A segunda região mais afectada é Lisboa e Vale do Tejo, com 6935 casos confirmados e 230 mortes.
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As regiões menos afectadas continuam a ser o Alentejo e a Madeira. No Alentejo contam-se 220 casos confirmados e uma morte. Na Madeira são 90 casos confirmados (mais quatro do que na quarta-feira) e sem mortes.
De acordo com a informação disponível por concelho, Lisboa surge como o concelho com mais casos confirmados (1668), seguido de Vila Nova de Gaia (1432) e Porto (1269). A informação da DGS por concelho dá conta dos casos reportados no sistema SINAVE e corresponde a 87% dos casos confirmados.
Durante a conferência de imprensa desta quinta-feira, e questionada sobre o aumento de casos na região e Lisboa e Vale do Tejo, a directora-geral da Saúde confirmou que se registaram “400 casos notificados ontem e mais 224 casos hoje”. As causas desse aumento ainda estão por apurar: Graça Freitas admite que pode corresponder a um “fenómeno isolado”, mas salvaguarda que também houve um grande número de rastreios naquela região, o que poderá explicar o elevado número de notificações.
Graça Freitas revelou que o valor de R (um dos indicadores utilizado a nível internacional para perceber a capacidade de contágio de uma doença) “era ligeiramente” superior em Lisboa “do que no resto do país”, mas não revelou qualquer valor.
DGS pondera testes retrospectivos sugeridos pela OMS
Durante a conferência de imprensa, Graça Freitas afirmou que se está a ponderar fazer testes retrospectivos, conforme recomendou a Organização Mundial de Saúde. Questionada sobre o assunto, e depois de, em França, terem sido diagnosticados casos de pacientes que estiveram internados em Dezembro, por pneumonia, a directora-geral da Saúde afirmou que “é uma questão muito complexa”, mas que “está obviamente a ser ponderada”.
Questionada sobre o facto de pessoas assintomáticas continuarem a ter resultados positivos nos testes, dois meses depois de terem sido infectadas, a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, esclareceu que essas pessoas podem não estar infecciosas e que a situação não é preocupante.
“Pode ter o significado de terem partículas de ARN do vírus [no sangue], não significando que têm a doença, nem que estão infecciosas. Isto de acordo com a informação científica à data. Há partículas do vírus que podem ficar no tracto respiratório superior, mas não significa que têm a doença nem que transmitem o vírus”, esclareceu.
Professores também podem vir a ser sujeitos a testes
Esta semana, a Fenprof sugeriu que os professores fossem submetidos a testes à covid-19, antes do regresso presencial às aulas dos alunos dos 11.º e 12.º anos. Confrontada com a proposta, Graça Freitas diz que não põe de parte essa hipótese.
“O que vos posso dizer é que analisamos essas situações. Há uma política para testar em lares, sobretudo os trabalhadores, há para os estabelecimentos prisionais e para as creches. Estão a ser analisadas outras situações que requeiram o mesmo acompanhamento”, esclareceu.
Regresso do futebol não está definido, mas também não está fechado
A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) reuniu-se na quarta-feira com a Direcção-Geral da Saúde (DGS) e o Ministério da Saúde e, segundo o secretário de Estado da Saúde, António Sales, a reunião correu “muito bem”, embora não tenha garantido que o futebol voltaria aos relvados, deixando a hipótese em aberto.
“Essa situação é uma situação que ainda está a evoluir, ainda não há nada fechado nem nada definido. É muito importante para que haja uma retoma da actividade sem que isso quebre qualquer regra de segurança ou sanitária”, apontou.
Mas, mesmo voltando-se a jogar futebol nos estádios, o trabalho não vai parar. “Aquilo que há que fazer é haver um trabalho constante de adaptação para que estas duas premissas [retomar a actividade desportiva e assegurar as regras sanitárias] sejam realizáveis, e com certeza que, se isso acontecer, teremos os nossos jogos de futebol”, disse.
Em todo o mundo há mais de 3,7 milhões de casos confirmados identificados desde Janeiro, de acordo com os dados disponibilizados pela Universidade Johns Hopkins. Já morreram mais de 260 mil pessoas em todo o mundo, e mais de 1,2 milhões já recuperaram.