Brasília 40 graus

Não chegou às salas, mas pode ser visto no Filmin: Era uma Vez Brasília pode datar de 2017, mas falava já do Brasil de hoje.

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“Rio 40 graus, cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos” eram as primeiras frases da letra de um êxito de Fernanda Abreu dos anos 1990. Rio 40 Graus era também o título de um dos filmes de Nelson Pereira dos Santos que, em 1955, ajudou ao arranque do Cinema Novo brasileiro — e, embora Brasília não seja o Rio de Janeiro, o calor, a claustrofobia, esse encontro entre a “beleza e o caos” na “cidade maravilha” está todo, inescapável, em Era uma Vez Brasília. Que, estreado nos idos de 2017 no festival de Locarno, mostrado no Doclisboa e no Porto/Post/Doc desse ano, nunca encontrou o rumo das salas portuguesas e apenas se ficou pela disponibilização na plataforma Filmin. O seu antecessor na obra de Adirley Queirós, o igualmente espantoso Branco Sai Preto Fica, em Portugal também se limitou ao circuito de festivais e a uma estadia já terminada no Netflix.

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“Rio 40 graus, cidade maravilha, purgatório da beleza e do caos” eram as primeiras frases da letra de um êxito de Fernanda Abreu dos anos 1990. Rio 40 Graus era também o título de um dos filmes de Nelson Pereira dos Santos que, em 1955, ajudou ao arranque do Cinema Novo brasileiro — e, embora Brasília não seja o Rio de Janeiro, o calor, a claustrofobia, esse encontro entre a “beleza e o caos” na “cidade maravilha” está todo, inescapável, em Era uma Vez Brasília. Que, estreado nos idos de 2017 no festival de Locarno, mostrado no Doclisboa e no Porto/Post/Doc desse ano, nunca encontrou o rumo das salas portuguesas e apenas se ficou pela disponibilização na plataforma Filmin. O seu antecessor na obra de Adirley Queirós, o igualmente espantoso Branco Sai Preto Fica, em Portugal também se limitou ao circuito de festivais e a uma estadia já terminada no Netflix.