Covid-19: morreram mais 20 pessoas em Portugal. Casos sobem 0,4%, o crescimento mais baixo desde o início do surto
Desde o início do surto, morreram 1043 pessoas. Taxa de crescimento dos óbitos é de 2%. Número de pessoas internadas em cuidados intensivos desceu pelo terceiro dia consecutivo.
Portugal registou no último dia mais 20 mortes de covid-19, um aumento de 2% que eleva o total para 1043 desde o início da pandemia. Foram identificados mais 92 casos desde sábado, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 0,4%, a mais baixa registada desde o início do surto. Até este domingo, foram identificados 25.282 casos.
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Portugal registou no último dia mais 20 mortes de covid-19, um aumento de 2% que eleva o total para 1043 desde o início da pandemia. Foram identificados mais 92 casos desde sábado, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 0,4%, a mais baixa registada desde o início do surto. Até este domingo, foram identificados 25.282 casos.
A evolução do número de casos deve ser lida com prudência tendo em conta o fim-de-semana prolongado pelo feriado de 1 Maio e o previsível reporte inferior de novas infecções, disse a ministra da Saúde na conferência de imprensa deste domingo. Estes valores traduzem uma letalidade de 4,1% e de letalidade acima dos 70 anos acima dos 14,7%, de acordo com Marta Temido.
O boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS) deste domingo dá também conta de 856 pessoas internadas, das quais 144 estão nos cuidados intensivos (menos seis do que no sábado).
Há 3691 pessoas a aguardar resultado laboratorial e 25.234 estão sob vigilância das autoridades de Saúde. O número de pessoas recuperadas subiu para 1689 (mais 18 que no dia anterior). Uma pessoa é considerada “curada” depois dois testes negativos.
Das 1043 mortes registadas no boletim deste domingo, 910 foram em doentes com 70 ou mais anos, as idades em que se encontram cerca de 87% das vítimas mortais. O relatório também dá conta da morte de 91 pessoas que tinham entre 60 e 69 anos; 32 com idades entre os 50 e 59 anos; e dez pessoas entre os 40 e os 49 anos (cinco mulheres e cinco homens). As 20 mortes das últimas 24 horas foram todas de doentes com 60 ou mais anos: um homem e uma mulher entre os 60 e os 69 anos; quatro homens e duas mulheres entre os 70 e os 79 anos; e oito homens e quatro mulheres com mais de 80 anos.
A região Norte continua a ser a que concentra o maior número de casos, com 15.021 pessoas infectadas e 597 óbitos – 59,4%% da totalidade dos casos e 57,2% das mortes. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 6042 casos confirmados e 210 vítimas mortais. A região Centro detectados 3347 casos e 209 óbitos, seguida da região do Algarve, com 331 infectados e 13 óbitos, os mesmos registos desde sexta-feira. O Alentejo volta também a assinalar 218 casos e uma morte desde o 1.º de Maio.
Os Açores e a Madeira são as regiões com menor número de casos, com 132 e 86, respectivamente. A Madeira é a única região ainda sem mortes registadas, enquanto os Açores lamentam 13 óbitos.
Lisboa continua a ser o concelho com maior número de casos (1567), seguido de Vila Nova de Gaia (1413) e do Porto (1247). Há outros três concelhos com mais de mil casos identificados: Matosinhos (1149), Braga (1105) e Gondomar (1012). Destes cinco concelhos, apenas Braga apresentou casos novos nas últimas 24 horas. Graça Freitas recordou que estes números também devem ser vistos com cautela, uma vez que os dados por concelho são “indicativos”, como já tinha sido referido na conferência de imprensa de sábado. Os números nacionais estão “mais próximos da realidade”.
Os infectados por concelho podem ser mais do que os registados no boletim, uma vez que os números são os do SINAVE – Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, que correspondem a 86% dos casos confirmados.
No sábado, Portugal tinha registado um total de 1023 mortes e 1671 recuperados em 25.190 casos de infecção.
Ocupação de cuidados intensivos a 49%
No encontro com os jornalistas, a ministra da Saúde disse que Portugal tem uma resposta de cuidados intensivos polivalentes que ronda as 400 camas. “Essas respostas têm, neste momento, uma taxa de ocupação de 49%. Neste momento, em que temos registado uma redução do número de doentes em unidades de cuidados intensivos, temos metade da capacidade que não está a ser utilizada”, vincou.
A isto somam-se “alguns ventiladores”, em quantidade não revelada, que chegaram a Portugal, mas que ainda não estão operacionais porque não foi necessário. Na conferência de imprensa de sábado, Marta Temido tinha adiantado que está prevista a chegada de mais 48 ventiladores durante a próxima semana. Com Pedro Rios