Marta Temido sobre 13 de Maio: “Desde que sejam respeitadas as regras sanitárias, é uma possibilidade”

A Igreja Católica já tinha decidido que as cerimónias religiosas do 13 de Maio serão este ano celebradas em espaço fechado e sem crentes nem peregrinos.

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A ministra da Saúde, Marta Temido TIAGO PETINGA/LUSA

A ministra da Saúde admite a possibilidade de organizar uma celebração do 13 de Maio em Fátima, caso seja essa “a opção de quem organiza as celebrações” e “desde que sejam respeitadas as regras sanitárias”. A Igreja já anunciou que este ano não haverá cerimónias presenciais em Fátima.

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A ministra da Saúde admite a possibilidade de organizar uma celebração do 13 de Maio em Fátima, caso seja essa “a opção de quem organiza as celebrações” e “desde que sejam respeitadas as regras sanitárias”. A Igreja já anunciou que este ano não haverá cerimónias presenciais em Fátima.

“Se essa for a opção de quem organiza as celebrações, de organizar uma celebração do 13 de Maio onde possam estar várias pessoas, desde que sejam respeitadas as regras sanitárias, isso é uma possibilidade”, afirmou Marta Temido este sábado, em entrevista ao Jornal da Noite da SIC, depois de questionada sobre a possibilidade de aquela celebração católica ter lugar em Fátima, uma vez que o Dia do Trabalhador foi assinalado em Lisboa, esta sexta-feira, pela CGTP.

“Agora, cada organizador de uma iniciativa tem de fazer um juízo de valor sobre aquilo que entende que sejam os riscos que vai correr e pode haver entidades que entendam que aquilo que está em causa é compatível com determinadas regras e outras que entendam de uma forma diferente”, referiu Marta Temido. 

A Igreja Católica já tinha decidido que as cerimónias religiosas do 13 de Maio serão este ano celebradas em espaço fechado e sem crentes nem peregrinos. O bispo de Leiria-Fátima, António Marto, referiu em Abril que o cancelamento das peregrinações é “um acto de responsabilidade pastoral e também um profundo acto de fé” e que não poderia permitir que o santuário se transformasse num “foco de contágio”. Haverá celebrações em Fátima, mas sem a participação de crentes.

“O estado de emergência ou o estado de calamidade não é uma emergência totalitária, é uma emergência sanitária. E, portanto, as regras são sempre utilizadas com a proporcionalidade adequada à protecção sanitária, mas não mais do que isso”, afirmou. O estado de emergência em Portugal termina neste sábado, dia 2. 

Confrontada, momentos antes, com o facto de ter aberto “a porta” a uma peregrinação a Fátima — sendo que a peregrinação do 13 de Maio deste ano foi cancelada devido à pandemia de covid-19 —, Marta Temido esclareceu, porém, que “não”. “Não abri”, disse.

Devido à pandemia da covid-19, as cerimónias religiosas do 13 de Fátima serão este ano celebradas, mas em espaço fechado e sem crentes católicos, nem peregrinos.