Clínicas dentárias reabrem. Doentes com covid-19 atendidos “no final da manhã ou da tarde”

Consultórios de medicina dentária retomam actividade na segunda-feira, mas com muitas regras. É preciso marcação prévia e será feita triagem por telefone ou email antes da consulta presencial para perceber se o utente está infectado com o novo coronavírus.

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Daniel Rocha

As clínicas e consultórios dentários reabrem na segunda-feira e a Direcção-Geral da Saúde (DGS) emitiu esta sexta-feira uma orientação em que estipula que, em situações “urgentes e inadiáveis” e em caso de necessidade “imperiosa”, pessoas com suspeitas de infecção ou infectadas com o novo coronavírus podem ser atendidas presencialmente mas “no final da manhã ou da tarde, em horários específicos” de forma a evitar a partilha de salas de espera.

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As clínicas e consultórios dentários reabrem na segunda-feira e a Direcção-Geral da Saúde (DGS) emitiu esta sexta-feira uma orientação em que estipula que, em situações “urgentes e inadiáveis” e em caso de necessidade “imperiosa”, pessoas com suspeitas de infecção ou infectadas com o novo coronavírus podem ser atendidas presencialmente mas “no final da manhã ou da tarde, em horários específicos” de forma a evitar a partilha de salas de espera.

Todas as consultas, de utentes com e sem covid-19, terão que ser marcadas previamente e os estabelecimentos devem fornecer máscara cirúrgica a todas as pessoas que não  trouxerem uma. Os profissionais devem usar equipamento de protecção que, nos casos de alto risco, inclui bata, máscaras FFP2 ou FFP3, óculos ou viseiras, luvas, toucas e protecções de calçado.

Para evitar o risco de contágio, a DGS determina que se efectue uma triagem prévia antes de um atendimento presencial, “por telefone, email ou outro meio”, de forma a que o utente seja avaliado e se possa detectar uma eventual presença de sintomas sugestivos de covid-19. Se for esse o caso, a “consulta não deve ocorrer”, a não ser em situações urgentes.

As clínicas e consultórios estão encerrados desde Março, depois de o Governo ter suspendido, por decreto, a actividade de medicina dentária, estomatologia e odontologia, exceptuando apenas as situações “comprovadamente urgentes e inadiáveis”, devido ao alto risco de contágio nos cuidados de saúde oral.

Agora, a DGS elenca todos procedimentos a adoptar antes da consulta, durante a consulta e após a consulta, e as especificações relativas aos equipamentos de protecção individual e à limpeza e desinfecção dos espaços. Além do fornecimento de máscaras, devem ser retiradas das salas de espera revistas, folhetos, máquinas de café e outros objectos que possam ser tocados por diversas pessoas e renovado com frequência o ar. Os profissionais de saúde são aconselhados a não usar adereços como anéis, pulseiras, colares, brincos, e a não ter unhas artificiais.

No gabinete do médico apenas será autorizada a entrada de acompanhantes em situações especiais, por exemplo se estiver em causa um menor. Neste caso, o acompanhante tem de estar sentado a dois metros de distância do equipamento dentário e tem que usar máscara cirúrgica.

“Devido à proximidade com os utentes, os profissionais de saúde oral estão expostos a gotículas respiratórias e a aerossóis que podem ser criados durante os procedimentos, tornando o gabinete de consulta uma potencial fonte de transmissão do vírus”, justifica a DGS.