Mulheres, escritoras, viajantes: inspiração para dias planos
Quatro mulheres levam-nos para lá das convenções. Viajamos pelas vidas de Ida Pfeiffer, Gertrude Bell, Annemarie Schwarzenbach e Dervla Murphy, escritoras, activistas, transgressoras, símbolos da viagem no feminino desde o tempo em que a literatura era um mundo de calças.
Começamos na primeira metade do século XIX. Viajar é pouco frequente e para os privilegiados. Menos provável ainda será encontrar entre os viajantes uma mulher, e de classe média. É por aí que vamos, com Ida Pfeiffer. Depois, o Médio Oriente entra “na moda” e algumas mulheres da época vitoriana encantam-se pelo exótico. É o caso de Gertrude Bell. Só que o exótico não lhe chega e a britânica acaba a desenhar as fronteiras do Iraque. Outras, como Annemarie Schwarzenbach, encontram nas viagens a possibilidade de ser livre, homossexual e antinazi. Terminamos com Dervla Murphy, que percorre meio mundo em bicicleta, ousando a solidão e a prova física. São mulheres com perfis distintos – ricas ou de classes invisíveis, viajantes a motor ou na lentidão de dromedários, com vidas trágicas ou simples – mas com a mesma urgência da escrita e do mundo.