Há momentos em que vemos os movimentos dos braços e o som que criam as baquetas que percutem peles, pratos e chapas e de metal, que atravessam timbalões e tambores de dimensões e origens diversas, que fazem os gongos ressoar o seu som contínuo como bordão meditativo. Há momentos em que vemos os movimentos dos braços, dizíamos, mas em que o rosto daquele corpo fica ocultado pelo rosto esculpido num dos gongos e dá-se então a ilusão que é aquele rosto de metal de expressão misteriosa o responsável pela música que ouvimos, precisão electrónica criada por mente humana, ponto onde se concentram tempos e lugares para nos desvendar um espaço novo e desafiante, música híbrida, física e maquinal, íntima e oferecida ao pulsar comunal, transcendência sem misticismos e sem balelas new age.
Opinião
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