Transportes Urbanos de Braga reduzem mensalidade para desempregados ou em layoff
Depois de ter isentado a cobrança de passes em Abril e em Maio, a empresa vai, a partir de Junho, disponibilizar mensalidades entre nove e 15 euros a pessoas nessas condições laborais. Há também benefícios para quem tem avenças de estacionamento numa cidade que vai manter vários equipamentos públicos fechados até 18 de Maio.
A partir de 01 de Junho, qualquer pessoa no desemprego ou em layoff vai poder utilizar os Transportes Urbanos de Braga (TUB) pagando nove euros pelo passe mensal para circular numa coroa – limita-se ao centro da cidade, para quem aí reside -, 13 euros para circular em duas coroas – garante, por exemplo, a deslocação ao Bom Jesus do Monte para quem mora na malha urbana – e 15 euros para circular em qualquer uma das 75 linhas do serviço.
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A partir de 01 de Junho, qualquer pessoa no desemprego ou em layoff vai poder utilizar os Transportes Urbanos de Braga (TUB) pagando nove euros pelo passe mensal para circular numa coroa – limita-se ao centro da cidade, para quem aí reside -, 13 euros para circular em duas coroas – garante, por exemplo, a deslocação ao Bom Jesus do Monte para quem mora na malha urbana – e 15 euros para circular em qualquer uma das 75 linhas do serviço.
O benefício constitui uma redução de 50% face ao tarifário normal em vigor desde 01 de Março de 2020, o mais caro entre as mensalidades fixadas pela empresa detida pela Câmara Municipal de Braga - os estudantes, os jovens, os reformados e as pessoas com necessidades especiais têm direito a passes mais baratos. Esta decisão, realçou o autarca Ricardo Rio, em comunicado, visa “aliviar os efeitos” da pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) junto de “uma franja da população que está a ver o seu rendimento mensal reduzido”.
Após terem instituído o transporte gratuito para os meses de Abril e de Maio, os TUB já antecipam a cobrança de viagens no que respeita aos cartões pré-comprados. Habitualmente disponíveis em séries de cinco ou de dez viagens, esses cartões vão estar de novo à venda a partir de 21 de Maio, com um carregamento mínimo de duas viagens. Essa ideia, esclareceu ao PÚBLICO o administrador da empresa, Teotónio dos Santos, pretende “diminuir o número de bilhetes comprados a bordo e, consequentemente, reduzir o contacto entre o motorista e os passageiros”. A decisão enquadra-se nas medidas de higienização dos veículos e de distanciamento físico durante as viagens, anunciadas em 17 de Março.
Todas as medidas, acrescentou o responsável, visam acompanhar a “retoma gradual das actividades económicas” que poder-se-á seguir ao fim do estado de emergência em Portugal, marcado para 02 de Maio, e ao aumento da procura por transportes públicos que daí poderá advir. Ao longo do último mês e meio, a oferta dos TUB em cada dia da semana equivaleu a cerca de 49% do que acontecia num “dia útil escolar”, reconheceu Teotónio dos Santos. E as receitas do mês de Abril caíram para zero numa empresa habituada a facturar mensalmente valores acima dos 730.000 euros, acrescentou.
Essa receita é zero porque a empresa decidiu não cobrar o pagamento das avenças de estacionamento de moradores e comerciantes nesse mês e também em Maio. Os Estacionamentos Urbanos de Braga (EUB), entidade que está sob a alçada dos TUB, vão retomar a fiscalização no dia 01 de Junho, com quatro excepções: os detentores de avença que estejam em situação de desemprego ou em layoff, em teletrabalho, em apoio a filhos menores ou ainda em isolamento profiláctico podem estacionar gratuitamente, desde que comprovem tais situações.
A cargo da gestão do estacionamento à superfície desde 01 de Dezembro de 2019, os EUB já venderam quase todas as 900 avenças permitidas pelo regulamento, esclareceu Teotónio dos Santos. Entre os 1.800 lugares disponíveis, é possível disponibilizar 50% dos lugares para avenças, estando a outra metade do parque destinada ao estacionamento rotativo.
Equipamentos públicos encerrados até 18 de Maio
Apesar do estado de emergência em Portugal estar prestes a converter-se em estado de calamidade, a Câmara Municipal de Braga vai manter os equipamentos públicos do concelho encerrados até 18 de Maio, alegando, num comunicado emitido nesta quinta-feira, que a decisão visa “a salvaguarda da saúde pública e a defesa do bem-estar de cada um dos seus cidadãos”.
A medida abrange mais de 20 espaços, entre os quais recintos desportivos como o Estádio 1.º de Maio, espaços culturais como o Theatro Circo e o Museu da Imagem e outros espaços fechados como a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. O encerramento aplica-se igualmente aos serviços de atendimento presencial do município e também às feiras.
A principais excepções são o mercado municipal provisório é o cemitério municipal Monte d’Arcos, que vai estar abrir em todos os dias da semana a partir da próxima segunda-feira, com um acesso máximo de 20 pessoas de cada vez. Nos funerais, esse limite é de 15 pessoas. O uso de máscara é obrigatório em ambos os locais.