Transportes públicos passam a ter lotação máxima de 2/3 e máscara é obrigatória
Medidas entram em vigor já na próxima segunda-feira, dia 4 de Maio, e incluem medidas de higienização e limpeza.
Com as novas regras que ditam os passos na direcção da normalidade, o Governo decidiu que os transportes públicos passam a ter sua lotação limitada a 2/3 do máximo da sua capacidade. Além disso, de acordo com o que afirmou o primeiro-ministro esta quinta-feira, passa a ser obrigatório “o uso de máscaras de protecção comunitária” pelos passageiros “para evitar a sua contaminação e a contaminação alheia”, e haverá “normas muito exigentes em matérias de limpeza e higienização” por parte das empresas. .
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Com as novas regras que ditam os passos na direcção da normalidade, o Governo decidiu que os transportes públicos passam a ter sua lotação limitada a 2/3 do máximo da sua capacidade. Além disso, de acordo com o que afirmou o primeiro-ministro esta quinta-feira, passa a ser obrigatório “o uso de máscaras de protecção comunitária” pelos passageiros “para evitar a sua contaminação e a contaminação alheia”, e haverá “normas muito exigentes em matérias de limpeza e higienização” por parte das empresas. .
Estas medidas entram em vigor já na próxima segunda-feira, dia 4 de Maio, dia em que já haverá de novo a obrigatoriedade de validação dos acessos e reposição das barreiras.
Na Área Metropolitana de Lisboa, por exemplo, os títulos mensais já podem ser carregados desde o dia 26, rede multibanco incluída, o que, diz a AML, é recomendável para evitar “formação de filas ou concentração em locais de venda” e minimizar “os contactos pessoais directos”.
De acordo com a resolução do Conselho de Ministros desta quinta-feira, haverá dispensadores de gel desinfectante e os autocarros terão uma cabine para o condutor.
Por parte da Fertagus, a empresa afirmou esta quinta-feira que vai retomar os horários normais a partir de segunda-feira, e reforçar as horas de aberturas das bilheteiras. Já a Barraqueiro frisou à Lusa que “se for necessário reforçar a oferta, nós vamos precisar de apoio do Governo”. “Estamos a trabalhar com prejuízo. Aquilo que vamos fazer é continuar a assumir a oferta que estamos a dar, que é de cerca de 40/45% nas áreas metropolitanas e fora cerca de 20%”, referiu a mesma fonte, adiantando que “está a ser negociada com as autoridades de transportes uma oferta estabilizada nas áreas metropolitanas”.
Máscaras à venda no Metro do Porto
Já o Metro do Porto destaca que haverá o “reforço da oferta em toda a rede, promovendo o distanciamento social”, um “forte reforço das operações de desinfecção com produtos licenciados para a eliminação de vírus e bactérias” e a presença “de um efectivo alargado de piquetes de limpeza em prontidão”.
Sobre a questão das máscaras, a empresa diz que a “generalidade das máquinas de vending disponíveis” vão ter máscaras à venda, e em alguns locais pode haver também “luvas descartáveis e embalagens de álcool gel”. Além disso, “como medida de prevenção adicional”, o metro terá dispensadores de álcool gel para as mãos, isto nas estações de maior procura.
O Metro do Porto aproveita também para deixar alguns conselhos aos passageiros: “Utilize sempre a máscara de protecção individual nos acessos às estações”, “evite viajar nas horas de ponta” (viaje preferencialmente depois das 10h e antes das 17h), “mantenha uma distância de segurança face aos outros clientes”, “se o veículo no qual pretende entrar estiver demasiado cheio, espere pelo seguinte”, “os elevadores das estações devem ser utilizados apenas por uma pessoa de cada vez”, “nas escadas rolantes ocupe toda a largura” e “não ultrapasse as outras pessoas nas escadas”.
Fortes quebras de passageiros
Com uma forte quebra de receitas em Março e Abril, as empresas de transportes públicos tiveram de se ajustar às medidas do estado de emergência, que incluíam a imposição de não superar a lotação além dos 33,3%, de modo a “garantir a distância de segurança entre passageiros”. Regra geral, isso foi atingido através do ajustamento da oferta, que se manteve acima da procura.
Houve, aliás, uma forte retracção do número de passageiros a partir do momento em que as escolas foram encerradas, no dia 16 de Março. Nessa data, a procura do metro de Lisboa caiu 69%, de acordo com os dados fornecidos pela empresa ao PÚBLICO. Já no caso do Metro do Porto a queda foi de 80% no dia 17 – último dia em que os validadores estiveram ligados.
Este fim-de-semana, no entanto, ainda há fortes restrições à circulação e, por parte da CP, foram suprimidos a maioria dos comboios Alfa Pendular e Intercidades.