Milionário norueguês Tom Hagen detido por alegado homicídio da mulher

A detenção é uma reviravolta num caso muito mediático.

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Anne-Elisabeth Hagen (à esq.) e Tom Hagen DR

O milionário norueguês Tom Hagen, cuja mulher está desaparecida há um ano e meio, foi detido e acusado de homicídio ou colaboração em homicídio, informou esta terça-feira a polícia norueguesa.

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O milionário norueguês Tom Hagen, cuja mulher está desaparecida há um ano e meio, foi detido e acusado de homicídio ou colaboração em homicídio, informou esta terça-feira a polícia norueguesa.

A detenção de Hagen, um investidor imobiliário que também controla uma das principais empresas de energia da Noruega, é uma reviravolta num caso que gerou grande atenção da comunicação social naquele país nórdico e que, inicialmente, se acreditava ser um sequestro.

“Não houve nenhum sequestro nem quaisquer negociações. Foi tudo uma manobra de distracção planeada”, disse o inspector da polícia Tommy Brøske, em conferência de imprensa esta terça-feira realizada.

Brøske escusou-se a comentar as suspeitas existentes e os supostos motivos do milionário para matar a mulher, alegando que a investigação ainda está em aberto.

As conclusões da investigação serão apresentadas na quarta-feira à Justiça, tendo sido pedidas quatro semanas de prisão preventiva para Tom Hagen e permissão para abrir os registos dos seus bens.

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Vítima foi Anne-Elisabeth Hagen, de 68 anos, e esposa de Tom Hagen Lusa/Family Handout

A polícia norueguesa mudou, em Junho passado, a sua linha de investigação em relação ao desaparecimento de Anne-Elisabeth Hagen, substituindo a hipótese de sequestro por assassínio devido à falta de sinais de vida e à falta de vontade de comunicação e contacto dos supostos sequestradores.

As suspeitas contra o marido – detido esta manhã a caminho do trabalho, segundo o jornal VG cresceram nos últimos meses, explicou Brøske.

Anne-Elisabeth Hagen, de 68 anos, foi vista pela última vez em 31 de Outubro de 2018, na sua casa em Lørenskog, perto de Oslo, onde foi encontrada uma carta dos supostos sequestradores exigindo um resgate em criptomoeda (nove milhões euros em dinheiro, de acordo com a imprensa norueguesa, o que equivale a cerca de 520 milhões de euros) e ameaçando matá-la, se não fosse pago.

O desaparecimento foi tornado público em Janeiro de 2019 e, no final daquele mês, a família pediu publicamente um sinal de vida e a mudança para outra plataforma digital que facilitasse a comunicação.

O caso foi alvo de uma grande operação policial e uma extensa investigação envolvendo a Interpol e a Europol.

Segundo a revista económica Kapital, Hagen ocupa a 172.ª posição entre as maiores fortunas da Noruega, atingindo os 1,7 mil milhões de coroas suecas (cerca de 174 milhões de euros).

O casal, que tem dois filhos, levava, de acordo com a imprensa norueguesa, uma vida discreta.