A saída de Harry e Meghan, segundo os próprios — a biografia real chega em Agosto
Os duques de Sussex informaram não estar disponíveis para colaborar com os tablóides britânicos, mas isso não impede que continuem a ser notícia.
Uma primeira audiência no Supremo Tribunal de Londres, na última semana, por videoconferência, juntou os advogados de Meghan Markle e os representantes do grupo editorial responsável pelo Mail on Sunday. No centro da audiência, um caso em que a duquesa, casada com o príncipe Harry desde 2008, acusa o órgão de uso indevido de informações privadas, violação de direitos de autor e violação da Lei de Protecção de Dados de 2018, após aquele jornal ter publicado trechos de uma carta redigida por si e dirigida ao seu pai.
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Uma primeira audiência no Supremo Tribunal de Londres, na última semana, por videoconferência, juntou os advogados de Meghan Markle e os representantes do grupo editorial responsável pelo Mail on Sunday. No centro da audiência, um caso em que a duquesa, casada com o príncipe Harry desde 2008, acusa o órgão de uso indevido de informações privadas, violação de direitos de autor e violação da Lei de Protecção de Dados de 2018, após aquele jornal ter publicado trechos de uma carta redigida por si e dirigida ao seu pai.
Mas nem por isso o Mail on Sunday parece perder o interesse na ex-actriz norte-americana e no filho mais novo de Lady Di — nem depois de ambos o terem deixado claro no seu “compromisso zero”, uma carta dirigida aos editores deste e ainda dos jornais The Sun, Daily Mail, Daily Express e Daily Mirror. E, logo na edição seguinte, no último domingo, o Mail on Sunday lançou mais uma “bomba”: vem aí uma biografia, escrita por dois jornalistas amigos de Harry e Meghan, que relata todo o processo dos últimos meses, em que o casal pediu para deixar de estar incluído entre os altos membros da família real e acabou até por perder o direito de usar a palavra “royal”.
Thoroughly Modern Royals: The Real World of Harry and Meghan (Realeza Muito Moderna: O Verdadeiro Mundo de Harry e Meghan, numa tradução à letra) estará a ser escrito por Omid Scobie, editor e especialista em monarquia na edição norte-americana da revista Harper’s Bazaar, e Carolyn Durand, colaboradora da revista Elle, aos quais o casal terá cedido entrevistas exclusivas ainda antes do histórico anúncio de Janeiro.
O livro estava previsto para chegar aos escaparates em Junho, mas, indica o mesmo jornal, a data de lançamento foi adiada para 11 de Agosto, com a chancela Dey Street Books da editora HarperCollins. O facto não foi confirmado nem pela Dey Street Books nem pela HarperCollins, mas esta última tem uma página com um livro de 368 páginas, descrito como biografia real, sem título (e com a indicação na linha dos autores de “Eibocs” e “Dnarud” — que lidos da direita para a esquerda são Scobie e Durand). O preço de capa é de 14,99 dólares (13,78 euros).
Dados os contornos da situação de Harry e Meghan, muitos adivinham que o livro venha a ser um sucesso global de vendas. Mas o que preocupa alguns analistas da monarquia britânica é o quanto esta biografia poderá prejudicar a já frágil relação dos duques com a família real, mas também de que forma poderá ser este mais um espinho para os Windsor que, nos últimos meses, têm vivido escândalo atrás de escândalo.
O Mail on Sunday cita fontes próximas da rainha que se confessam preocupadas com o que os dois jovens poderão ter dito aos autores do livro, tanto em “on” como “off the record”.
O pivot da ITV Tom Bradby — a quem Harry e Meghan fizeram chocantes confissões durante o périplo africano do casal (Harry falou sobre uma quebra na relação entre si e o irmão William; Meghan discorreu sobre a pressão que sentia) — afirmou, segundo o mesmo jornal, que este tipo de livro pode prejudicar irremediavelmente uma monarquia que ainda se recupera da saída dos dois, mas também do escândalo da amizade do príncipe André com o pedófilo condenado Jeffrey Epstein.