Máscaras reutilizáveis chegam às lojas Continente nesta semana
Desenvolvidas em Portugal, estas máscaras, que custam dez euros, pretendem que o combate à covid-19 seja feito com recurso a materiais têxteis reutilizáveis e à prova de vírus e bactérias.
As novas máscaras reutilizáveis MOxAd-Tech, desenvolvidas em Portugal, deverão estar à venda ainda esta semana nas lojas Continente e Well’s, numa comercialização que já é feita na loja MO online. Estas máscaras inovadoras — que repelem as gotículas de vírus e bactérias — serão vendidas a dez euros nas lojas do grupo Sonae (proprietário do PÚBLICO).
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As novas máscaras reutilizáveis MOxAd-Tech, desenvolvidas em Portugal, deverão estar à venda ainda esta semana nas lojas Continente e Well’s, numa comercialização que já é feita na loja MO online. Estas máscaras inovadoras — que repelem as gotículas de vírus e bactérias — serão vendidas a dez euros nas lojas do grupo Sonae (proprietário do PÚBLICO).
Desenvolvidas numa parceria entre a fabricante Adalberto, o centro tecnológico Centro Tecnológico das Indústrias do Têxtil e do Vestuário (CITEVE), o Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa e a Universidade do Minho, estas máscaras pretendem que o combate à covid-19 seja feito com recurso a materiais têxteis reutilizáveis e à prova de vírus e bactérias.
“O princípio activo já foi testado com sucesso pelo Institut Pasteur de Lille, em França, nomeadamente contra o vírus H1N1 e o vírus Corona-type, bem como contra rotavírus. Actualmente, decorrem testes específicos para a covid-19 no Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, em Portugal, sendo que já se encontra certificada como máscara social de nível 2 profissional pelo Citeve.
Do ponto de vista de retenção de partículas, a máscara MOxAd-Tech garante uma capacidade de 95%”, pode ler-se na nota enviada às redacções.
Susana Serrano, presidente executiva da Adalberto, explica que esta máscara “inclui diferentes camadas de protecção e um tratamento de impermeabilidade que permite neutralizar bactérias e vírus quando estes entram em contacto com a máscara”. Para já, o produto está disponível em preto, mas, nas próximas semanas, a oferta será ampliada.
O Citeve disponibiliza uma lista de empresas portuguesas de têxtil que produzem máscaras testadas e validadas, nomeadamente máscaras de uso comunitário que, quando as medidas de confinamento forem levantadas, a população deve usar em espaços fechados, como por exemplo nos transportes públicos, farmácias e supermercados. A Estamparia Têxtil Adalberto Pinto da Silva é uma dessas empresas.
A Direcção-Geral da Saúde recomenda o uso pela população em geral de máscaras “sociais” em locais fechados após o confinamento. Todavia, não é recomendado o uso de máscaras cirúrgicas nem de respiradores FFP2 e 3 pela população em geral.
A medida, divulgada no dia 13 de Abril, segue as directivas do Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), que, num relatório de 8 de Abril, informa que o uso de máscaras na comunidade deve ser considerado como medida complementar no combate à pandemia da covid-19, sobretudo se se estiver em espaços fechados (como supermercados), transportes públicos ou locais de trabalho em que as pessoas estejam próximas umas das outras. Vários países recomendam o uso generalizado de máscaras também na rua e outros estudam a sua adopção após o abrandamento das medidas de confinamento.
Notícia actualizada às 16h53 do dia 29 de Abril: a versão inicial desta notícia dizia que as máscaras em questão mantêm eficácia durante 50 lavagens. Depois de contactado o produtor das mesmas, foi esclarecido que as máscaras só podem ser lavadas cinco vezes antes de perderem a sua função protectora. A Adalberto afirma que os acabamentos utilizados, como os elásticos (e não a máscara em si), é que duram 50 lavagens.