Com a tradicional descida da Avenida da Liberdade, em Lisboa, e ajuntamentos de comemoração do 25 de Abril cancelados por todo o país, a opção original foi marcar a data cantando: abrir a janela de par em par, e entoar a plenos pulmões a Grândola, Vila Morena, pelas 15h de sábado. É o apelo dos partidos da esquerda.

Com a tradicional descida da Avenida da Liberdade, em Lisboa, e ajuntamentos de comemoração do 25 de Abril cancelados por todo o país, a opção original foi marcar a data cantando: abrir a janela de par em par, e entoar a plenos pulmões a Grândola, Vila Morena, pelas 15h de sábado. É o apelo dos partidos da esquerda.

Lembrando-se dos que não sabem a letra mas querem juntar-se à comemoração (talvez até recordando-se das imagens do antigo ministro Miguel Relvas, há uns anos, a tentar trautear a canção), o Bloco de Esquerda lançou um “manual de instruções para cantar a Grândola à janela”. O manual está já formatado para impressão em duas folhas: uma de ilustrações passo a passo, e outra com a letra da canção de Zeca Afonso e decorada com um cravo - tudo em versão preto e branco ou a vermelho para imprimir e pendurar na parede de casa e até lá ir ensaiando ou no vidro da janela quando estiver a cantar no sábado.

O primeiro passo é decorar a letra - ou levar a cábula na mão -, ensaiar algumas vezes até lá (até pode ser no duche “para não passares vergonha”, diz o Bloco). No dia, há que aquecer a voz (embora também não haja mal se desafinar - o que conta é a intenção), levar uma coluna de som para a janela para se ouvir a música bem alto (e poder aproveitar para fazer playback se faltar o ar).

E quando a canção acabar, os bloquistas pedem que não se esqueçam de gritar bem alto “25 de Abril sempre! Fascismo nunca mais!”.