Partidos já começaram a escolher quem vai estar na cerimónia do 25 de Abril
O figurino final da sessão solene do 25 de Abril no Parlamento fica fechado nesta terça-feira, já com as recomendações das autoridades de saúde para evitar o contágio pelo novo coronavírus. Baixas entre os convidados e deputados abaixo do limite fixado podem ditar um número menor de pessoas no plenário.
Os partidos já começaram a escolher quem os vai representar na sessão solene que assinala o 25 de Abril e que este ano decorre com menos deputados em resultado da crise pandémica. A polémica em torno desta celebração na Assembleia em plena crise de saúde pública gerou divisões entre os partidos e até mesmo junto dos convidados. Jorge Sampaio e Mota Amaral não vão estar na cerimónia. Já Ramalho Eanes estará presente, apesar de discordar da solução encontrada. O figurino final fica fechado hoje em nova conferência de líderes, depois da reunião com as autoridades de saúde para definir regras que evitem o contágio com o novo coronavírus.
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Os partidos já começaram a escolher quem os vai representar na sessão solene que assinala o 25 de Abril e que este ano decorre com menos deputados em resultado da crise pandémica. A polémica em torno desta celebração na Assembleia em plena crise de saúde pública gerou divisões entre os partidos e até mesmo junto dos convidados. Jorge Sampaio e Mota Amaral não vão estar na cerimónia. Já Ramalho Eanes estará presente, apesar de discordar da solução encontrada. O figurino final fica fechado hoje em nova conferência de líderes, depois da reunião com as autoridades de saúde para definir regras que evitem o contágio com o novo coronavírus.
Além do Presidente da República, o Governo marcará presença, mas representado apenas pelo primeiro-ministro, pelos quatro ministros de Estado e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.
Ontem já era claro que o número total de pessoas no plenário - fixado em 130 - pode vir a ser menor. Além das baixas entre os convidados, há partidos a admitir levar para dentro do plenário menos deputados. No sábado, a líder do grupo parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes, disse à Lusa que, apesar de o PS poder ter 36 deputados na sala, seriam apenas 22. A bancada ainda não definiu quem discursa nem o tema a abordar.
Até ontem, o PSD tinha indicado que levaria os 27 deputados que correspondem a um terço da bancada, dando prioridade aos estreantes e que exerçam cargos de direcção no partido ou no grupo parlamentar. Mas o partido aguardava pelas conclusões do encontro entre os serviços do Parlamento e as autoridades de saúde para fechar o modelo de representação.
Outros grupos parlamentares optaram por manter o número de deputados a que corresponde um terço da bancada e indicam já nomes. O BE tem 19 deputados, mas na sessão só estarão seis, o que corresponde a um terço. São eles a liderança da bancada (Pedro Filipe Soares, Mariana Mortágua e Jorge Costa), a líder do partido, Catarina Martins, o orador, o deputado Moisés Ferreira e o vice-presidente da Assembleia da República, José Manuel Pureza. O tema escolhido pelo BE será a defesa e reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), “ainda mais necessários” no contexto da resposta à pandemia da Covid-19.
Dos dez deputados do PCP estarão presentes quatro: o secretário-geral do partido a quem caberá a discurso na sessão solene e os três deputados da direcção do grupo parlamentar (João Oliveira, António Filipe e Paula Santos). Um deputado senta-se na primeira fila, o segundo na segunda e assim sucessivamente até à quarta fila.
Com dois deputados no Parlamento, o partido ecologista Os Verdes vão ser representados por um deputado na sessão solene: o líder parlamentar, José Luís Ferreira, que fará também a intervenção. Além disso, e tal como muitos dos partidos da esquerda parlamentar, os ecologistas vão cantar a Grândola às 15 horas.
A deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, vai estar presente na sessão solene do 25 de Abril. Os deputados não inscritos não costumam intervir nesta cerimónia e, na conferência de líderes que aconteceu na semana passada, ficou definido que esta não será excepção. No entanto, a deputada informa que “a esquerda herdeira do 25 de Abril decidirá se [lhe] dará ou não a palavra” nesta comemoração.
Com quatro deputados no Parlamento, o PAN far-se-á representar apenas por uma deputada, a líder parlamentar, Inês Sousa Real.
O líder do CDS já tinha comunicado que não estaria presente na sessão solene por não concordar com a sua realização em tempo de confinamento doméstico por causa da pandemia. O partido, que tem cinco deputados, irá estar representado por um único parlamentar (ainda a designar).
Apesar de ter defendido um modelo diferente, a Iniciativa Liberal vai participar na sessão solene do 25 de Abril. O momento é aguardado com alguma expectativa, já que será a “primeira vez que a liberdade será evocada por um partido liberal” na AR.
Embora tenha protestado contra a realização da cerimónia do 25 de Abril no Parlamento, o deputado André Ventura vai estar presente na sessão e vai “discursar e assinalar tudo o que está a ser feito pelos democratas contra a própria democracia”.
Notícia actualizada às 10:15 com a indicação dos Verdes de quem estará presente na cerimónia.