Processo de corrupção do Alemanha 2006 prescreveu

Julgamento de quatro suspeitos de terem comprado votos para atribuição do Campeonato do Mundo foi tecnicamente encerrado pelo Tribunal Penal Federal da Suíça.

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Theo Zwanziger Reuters

O julgamento de quatro antigos responsáveis, três alemães e um suíço, por suspeitas de corrupção na organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2006, foi tecnicamente encerrado por prescrição, informou esta terça-feira o Tribunal Penal Federal da Suíça.

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O julgamento de quatro antigos responsáveis, três alemães e um suíço, por suspeitas de corrupção na organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2006, foi tecnicamente encerrado por prescrição, informou esta terça-feira o Tribunal Penal Federal da Suíça.

As audiências do julgamento deveriam iniciar-se a 9 de Março, mas a ausência dos acusados naquela data, e a posterior suspensão da actividade do tribunal até 27 de Abril, precisamente o fim do prazo de 15 anos em que os crimes em causa prescreveriam, acabou por impossibilitar a emissão de veredicto antes da data limite.

O antigo secretário-geral da FIFA, Urs Linsi, os ex-presidentes da federação alemã Wolfgang Niersbach e Theo Zwanziger, bem como o ex-secretário geral da instituição germânica Horst Schmidt são os antigos dirigentes suspeitos de terem comprado votos para a atribuição do torneio ao país.

Em causa está uma possível existência de um fundo secreto de 6,7 milhões de euros para a compra de votos, a fim de assegurar a organização do Mundial, em detrimento da África do Sul. Estas suspeitas foram noticiadas pelo jornal alemão Der Spiegel, em 2015.

Segundo a investigação, o montante foi camuflado como despesas para a organização da cerimónia inaugural da prova em solo alemão e posteriormente recolhido e devolvido ao empresário francês Robert Louis-Dreyfus, que mais tarde viria chefiar a empresa germânica de equipamentos desportivos Adidas.