Base da Ota recebe 165 refugiados que estavam em hostel de Lisboa
Seis migrantes do Algarve estão numa unidade militar de Tavira, Alfeite recebe 130 idosos e funcionários de lar de Almada.
A base aérea da Ota vai receber 165 dos cerca de 200 imigrantes e refugiados que, neste domingo, abandonaram o hostel da Rua Morais Soares, no bairro de Arroios, em Lisboa, disse na manhã desta segunda-feira, ao PÚBLICO, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.
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A base aérea da Ota vai receber 165 dos cerca de 200 imigrantes e refugiados que, neste domingo, abandonaram o hostel da Rua Morais Soares, no bairro de Arroios, em Lisboa, disse na manhã desta segunda-feira, ao PÚBLICO, o ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.
A decisão foi tomada por acordo entre o Ministério da Defesa e o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, que no organigrama governamental é responsável pela coordenação de acções contra o covid-19 na área da Grande Lisboa e Vale do Tejo.
Na Ota, o Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea, actualmente sem alunos, pelo facto de o ensino estar a ser ministrado à distância, foi transformado em centro de acolhimento para doentes.
Também as instalações da base naval do Alfeite vão ser utilizadas para receber 130 pessoas oriundas de lares, 100 idosos e 30 funcionários, respondendo à solicitação da Câmara Municipal de Almada.
Neste domingo, a pedido da Segurança Social e em articulação com o secretário de Estado José Apolinário, que coordena as acções no Algarve, seis imigrantes foram transferidos para uma unidade militar de Tavira.
Acresce na base do Alfeite estão disponíveis 50 camas para os profissionais de saúde do Hospital Garcia de Orta que preferem não regressar a casa para evitar o contágio dos seus familiares, sete das quais já estão ocupadas.
O ministro Gomes Cravinho adiantou que, ao dia deste domingo, estavam infectados com o novo coronavírus 60 militares dos quais dois se encontram hospitalizados. “Conseguimos estancar os vários focos de infecções que tivemos, chegámos a ter centenas de militares em isolamento, agora só são 135”, precisou o ministro da Defesa Nacional.