Galp suspende actividade na refinaria de Sines a 4 de Maio
Depois de Matosinhos, a Galp também vai interromper temporariamente a produção de combustíveis na refinaria de Sines. Paragem deverá durar um mês.
Depois de ter suspendido a produção na refinaria de Matosinhos devido à quebra na procura de combustíveis neste período de pandemia, a Galp vai estender a paragem à refinaria de Sines no início do próximo mês.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Depois de ter suspendido a produção na refinaria de Matosinhos devido à quebra na procura de combustíveis neste período de pandemia, a Galp vai estender a paragem à refinaria de Sines no início do próximo mês.
A empresa adiantou ao PÚBLICO que a operação da generalidade das instalações da refinaria será interrompida a partir de 4 de Maio, “por um período expectável de um mês”.
Os “constrangimentos” criados pela pandemia no mercado nacional e internacional, que “forçaram a Galp a activar um ajustamento planeado do sistema refinador” e a paralisar, numa primeira fase, a produção em Matosinhos, agudizaram-se desde então (o estado de emergência foi declarado pela primeira vez a 18 de Março e deverá estar em vigor pelo menos até 2 de Maio).
“A evolução da conjuntura nacional e internacional decorrente da prorrogação do estado de emergência, com a imposição de medidas extremas de contenção, quarentenas cada vez mais restritivas e a paralisação da maioria das actividades económicas” criaram “restrições operacionais severas”, disse fonte oficial da empresa.
Os efeitos das medidas de combate à pandemia do novo coronavírus resultaram inclusive em “interrupções na cadeia de abastecimento, em particular por não ser possível escoar os produtos produzidos”, acrescentou.
Esta evolução impõe “restrições técnicas à operação das refinarias da Petrogal, cuja capacidade de armazenamento está a atingir rapidamente o seu limite”, reconhece a empresa.
Num momento em que fontes do sector apontam para uma quebra de 50% nas vendas de combustíveis rodoviários (e de 80% no jet para aviação), a Galp diz que é preciso ter em conta “procedimentos de segurança”, sem deixar de garantir que existe um “nível adequado de combustíveis” para abastecer as famílias e as empresas e indústrias que continuam em operação.
Como há “níveis técnicos mínimos a que as unidades podem operar” sem que seja posta em causa “a integridade dos activos e a segurança de pessoas e do ambiente”, a Galp vai tomar em Sines a decisão que já tinha tomado em Matosinhos.
A generalidade das operações em Sines encerrará temporariamente a 4 de Maio, o que significa que as duas refinarias do país poderão vir a estar encerradas em simultâneo.
“Esta paragem planeada não terá impacto nas pessoas afectas à refinaria da Galp, estando assegurado o abastecimento das necessidades de mercado”, disse ainda a empresa.