Carla Pires está longe de ser uma novata no fado e é considerável a lista de países onde já actuou nos últimos 20 anos, mantendo presença regular numa casa de fados lisboeta. Mas o disco que agora lança, o quarto em nome individual desde 2005, é claramente o seu trabalho mais amadurecido, onde o fado se deixa enredar noutras sonoridades sem nelas perder a postura e o norte. Cartografado, que por enquanto está apenas disponível nas plataformas digitais (chegará às lojas quando estas reabrirem), cumpre-se “no vibrar de uma voz entre os barulhos do mundo e o soar dos cordofones”, como bem o sintetiza o texto de abertura, sublinhando nele “uma capacidade [da cantora] de tornar o fado ainda mais mundo, mas também ainda mais fado, cantado em nome próprio.”
Opinião
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