Há uma nova linha de combate à solidão para os idosos
Fundação Bissaya Barreto criou uma linha de apoio gratuita. Através do telefone ou de correio electrónico é possível falar com profissionais da área da psicologia ou pedir entrega de bens.
Numa altura de pandemia em que os idosos são dos mais vulneráveis, a Fundação Bissaya Barreto lança a linha de apoio SOSolidão para que os mais velhos não se sintam tão sós. O serviço vem complementar a linha SOS Pessoa Idosa, criada em 2014 pela mesma fundação, para apoiar em casos de violência, mas que tem vindo a receber cada vez mais chamadas de cidadãos seniores carentes de companhia.
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Numa altura de pandemia em que os idosos são dos mais vulneráveis, a Fundação Bissaya Barreto lança a linha de apoio SOSolidão para que os mais velhos não se sintam tão sós. O serviço vem complementar a linha SOS Pessoa Idosa, criada em 2014 pela mesma fundação, para apoiar em casos de violência, mas que tem vindo a receber cada vez mais chamadas de cidadãos seniores carentes de companhia.
A nova linha, que está activa desde esta manhã, é gratuita e pode ser contactada entre as 10h e as 17h, de segunda a sexta-feira, através do 800 91 29 90, ou do email sosolidao@fbb.pt. Do outro lado, estarão “profissionais da área da psicologia com o apoio de uma equipa de acompanhamento e supervisão”, refere a nota de imprensa enviada às redacções. A fundação garante a confidencialidade e o anonimato de quem procura este apoio.
Apesar de não ter sido criada exclusivamente por causa da pandemia de covid-19, “não é por acaso que a linha surge agora”, admite Fátima Mota, assessora da área social da fundação, em entrevista ao PÚBLICO. “Nas últimas semanas, temos vindo a receber pedidos de ajuda lancinantes por parte de pessoas desesperadas”, assume.
Com as recorrentes recomendações de que os mais velhos fiquem em casa, “há pessoas que estão entregues a si próprias”, revela, e acrescenta que “a linha SOS Pessoa Idosa tem recebido contactos até do 112 e de outras linhas” que pedem apoio.
É possível, por outro lado, intervir “junto da rede de proximidade, sinalizando situações de carência” que depois podem ser encaminhadas para instituições e serviços que estão a trabalhar no terreno, refere ainda. Por outro lado, tenta-se realizar, sempre que possível, contactos com familiares, vizinhos, amigos ou alguém da comunidade próxima que possa ajudar a minimizar o sentimento de solidão de quem contacta esta linha.
Embora o principal objectivo da linha SOSolidão seja “esbater os riscos do ponto de vista emocional e gerir a ansiedade e a depressão”, o serviço da fundação permite também “accionar mecanismos de apoio para idosos isolados que precisem de comprar medicamentos ou refeições, através de redes de contactos de voluntários, apoios de juntas de freguesia, entre outros”, afirma Fátima Mota. A linha aceita voluntários que queiram doar o seu tempo ou serviços, quer a título pessoal ou através de empresas e serviços, do contacto telefónico e e-mail.
No fundo, “queremos fazer a ligação entre os idosos isolados e quem quer que seja que queira ajudar”, isto porque “existe alguma falta de coordenação entre todas as ajudas que têm surgido”, conclui.