Costa reúne-se por videoconferência com 25 economistas e académicos

Para preparar o regresso gradual à normalidade, o Governo vai reunir-se com economistas esta terça-feira.

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O primeiro-ministro vai reunir com economistas e académicos LUSA/MÁRIO CRUZ

O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se esta terça-feira por videoconferência com 25 economistas e académicos “sobre a actual e futura situação económica e financeira” e as “medidas para promover o relançamento da actividade económica”. Nos encontros estará presente o ministro de Estado da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.

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O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se esta terça-feira por videoconferência com 25 economistas e académicos “sobre a actual e futura situação económica e financeira” e as “medidas para promover o relançamento da actividade económica”. Nos encontros estará presente o ministro de Estado da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira.

De manhã, o tema é as “Perspectivas para a Economia Portuguesa em contexto de crise pandémica”. Neste debate, participam Nuno Alves, do Banco de Portugal; Nazaré da Costa Cabral, do Conselho de Finanças Públicas; Carlos Coimbra, do INE; António da Ascensão Costa, do ISEG; e João Borges de Assunção, da Universidade Católica Portuguesa.

Da parte da tarde o tema é o “Relançamento da actividade económica em contexto de crise pandémica” e os intervenientes serão: Catarina Reis e Francisca Guedes de Oliveira, da Universidade Católica; Luís Catão e António Afonso, do ISEG; Ricardo Paes Mamede e Alexandra Ferreira Lopes, do ISCTE; Miguel Ferreira e Susana Peralta, da Universidade Nova SBE; Fernando Alexandre e João Cerejeira, da Universidade do Minho; José Caetano e Miguel Rocha de Sousa, da Universidade de Évora; Pedro Gil e Pedro Teixeira, da Universidade do Porto; Pedro Bação e Tiago Sequeira, da Universidade de Coimbra; João Amador, do Banco de Portugal; Miguel St. Aubyn, do Conselho Finanças Públicas; Ricardo Reis, da London School of Economics e Miguel Faria e Castro, da Federal Reserve Bank of St. Louis.

Na próxima quinta-feira faz um mês que as escolas deixaram de ter aulas presenciais. Com o fecho das escolas, os pais passaram a ficar em casa em regime de teletrabalho ou apoiados por uma medida extraordinária e temporária aprovada pelo Governo que garante 66% do vencimento base. 

No dia 19 de Março, o Governo aprovou regras que concretizaram o estado de emergência. Foi nesta altura que a paralisação económica se generalizou, ficando a funcionar apenas os serviços essenciais, como supermercados, mercearias, bombas de combustível, hospitais, farmácias, entre outros vistos como indispensáveis. 

O Governo admitiu que o confinamento terá um impacto significativo na economia, colocando o cenário de recessão em cima da mesa. O Banco de Portugal prevê que este ano o PIB contraia 3,7% e que a taxa de desemprego ultrapasse os 10%. As quebras no PIB sucedem-se por toda a Europa. Em França, o Governo espera a maior crise económica desde o final da Segunda Guerra Mundial. 

Com empresas a fechar, trabalhadores em layoff, quebras de rendimento e aumento do desemprego, o impacto da crise pandémica na economia já levou as autoridades a começar a pensar em cenários de regresso à normalidade. 

É neste contexto que o primeiro-ministro, António Costa, se reúne com economistas. O objectivo é preparar a saída do confinamento. 

Esta segunda-feira foi conhecida uma carta já assinada por mais de 160 personalidades que defendem um conjunto de 12 medidas para que seja possível relançar a economia sem pôr em perigo a saúde pública. Uma das medidas passa pelo uso obrigatório de máscara por toda a população para ir trabalhar. Também a ministra da Saúde, Marta Temido, revelou esta segunda-feira a recomendação para o uso de máscara social em locais fechados após o confinamento.

Em Espanha, os sectores da indústria e da construção voltaram esta segunda-feira ao trabalho com uso de máscara.