Julian Assange teve dois filhos com advogada enquanto esteve na embaixada do Equador
“Ele [Assange] ter-se apaixonado quando todos querem destruir a sua vida foi uma espécie de acto de rebelião”, diz a companheira e mãe das duas crianças.
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, teve dois filhos com uma das suas advogadas durante o período em que se refugiou na embaixada do Equador em Londres para evitar ser preso por ter violado a liberdade condicional.
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O fundador do Wikileaks, Julian Assange, teve dois filhos com uma das suas advogadas durante o período em que se refugiou na embaixada do Equador em Londres para evitar ser preso por ter violado a liberdade condicional.
Segundo jornal britânico Daily Mail, que deu a notícia, o australiano, que os Estados Unidos querem julgar espionagem — em 2010 o site de denúncias publicou documentos secretos do Governo dos EUA que revelaram crimes e irregularidades americanos nos conflitos no Iraque e no Afeganistão — é pai de dois filhos com Stella Morris, advogada de 37 anos de origem sul-africana. O Mail diz que o filho mais velho tem dois anos e o mais novo um. E que Stella Morris mudou de nome, chamando-se anteriormente Sara Gonzalez Devant.
O jornal mostra, na edição deste domingo, fotografias de Assange com os filhos e uma entrevista com Stella Morris, que conta que se apaixonaram há cinco anos e planeiam casar. O jornal diz que o casal se conheceu quando a advogada trabalhava na equipa que tentava evitar a extradição de Assange para a Suécia, onde era causado de dois crimes de violação — queixas entretanto retiradas.
Morris confirmou toda a informação num vídeo de 12 minutos publicado pelo WikiLeaks no Twitter.
“Ele ter-se apaixonado quando todos querem destruir a sua vida foi uma espécie de acto de rebelião”, diz a advogada, comparando sua história com situações que acontecem “em tempos de guerra”.
A advogada decidiu revelar a existência dos filhos, Gabriel e Max, porque “teme que a vida de Assange esteja em perigo se permanecer em Belmarsh”, a prisão de alta segurança de Londres onde está detido devido desde que saiu da embaixada do Equador, onde viveu entre 2012 e 2019.
Os advogados de Assange pediram a sua libertação argumentando que corre risco de vida devido à pandemia de covid-19, uma vez que, disseram, sofre de problemas cardíacos e pulmonares e está, por isso, no grupo de risco.
No final de Março, a justiça britânica negou a liberdade condicional a Assange, argumentando que há “sérias razões para acreditar” que o fundador do Wikileaks pode sair do país.
No Twitter, o Wikileaks diz que a companheira de Assange, “mãe de dois filhos pequenos, insta o governo do Reino Unido a libertá-lo e a outros prisioneiros, pois o coronavírus está a fazer danos nas prisões”.