Covid-19: Rainha volta a falar aos britânicos para pedir uma “nova esperança”

Mensagem da Páscoa é a segunda vez em menos de uma semana que Isabel II se dirige aos britânicos.

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Imagem do discurso da rainha Isabel II projectada num edifício no centro de Londres Reuters/HANNAH MCKAY

Em menos de uma semana, a rainha Isabel II voltou a dirigir-se aos britânicos por causa da crise do novo coronavírus, desta vez numa mensagem para assinalar a Páscoa.

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Em menos de uma semana, a rainha Isabel II voltou a dirigir-se aos britânicos por causa da crise do novo coronavírus, desta vez numa mensagem para assinalar a Páscoa.

Se a gravidade de um momento histórico pode ser medida por declarações da rainha de Inglaterra – que até há uma semana se tinha dirigido aos britânicos em apenas cinco ocasiões em 68 anos de reinado – então a pandemia de covid-19 está no topo.

Numa declaração áudio, Isabel II afirmou que “o coronavírus não irá vencer” e uma “nova esperança e um propósito renovado” para enfrentar os próximos tempos.

Garantindo que “a Páscoa não foi cancelada”, a rainha notou que a quadra será comemorada de forma diferente e reforçou as recomendações para que as pessoas mantenham o distanciamento social. “Mantendo-nos afastados mantemos os outros seguros”, declarou Isabel II.

“Por mais negra que a morte possa ser, particularmente para aqueles que sofrem com a dor, a luz e a vida são superiores. Que a chama viva da esperança da Páscoa possa ser um guia firme enquanto enfrentamos o futuro”, afirmou a rainha de Inglaterra.

No último domingo, Isabel II tinha feito uma declaração televisiva em que traçou paralelos entre os tempos actuais e a II Guerra Mundial, mas deixou uma mensagem de esperança, garantindo que “melhores tempos virão” - we'll meet again, disse.

É a primeira vez que Isabel II faz uma declaração na Páscoa – todos os anos fala ao país no Natal – e, segundo o Guardian, trata-se da sua contribuição para aqueles que passam a quadra sozinhos. O Palácio de Buckingham teve o cuidado de divulgar a mensagem da rainha no sábado, e não no domingo de Páscoa, para que não ofuscasse os tradicionais discursos dos líderes religiosos.

O Reino Unido está a enfrentar os dias mais duros até ao momento por causa do coronavírus. Nos últimos dois dias, morreram quase duas mil pessoas e, no total, o número de mortos está perto dos dez mil.

Entre os infectados está o primeiro-ministro, Boris Johnson, que se encontra a recuperar no hospital, depois de ter passado três noites nos cuidados intensivos. O último boletim de Downing Street indicava que o estado clínico de Johnson está ter um “progresso muito bom”.