A Arte Eléctrica em Portugal, ou a música portuguesa em duas temporadas na RTP Play
Depois de ter estado em exibição nas noites da RTP1, os episódios da série conduzida por Rui Miguel Abreu e com imagens e histórias da música popular portuguesa estão em streaming.
Ora Xutos & Pontapés, Boss AC, Moonspell, Conan Osiris, LX 90, Silence 4, Sam The Kid, Sitiados, Peste & Sida, Censurados, Brain Dead. Ou os Sheiks, Rui Veloso, Lulu Blind, Victor Gomes, Quarteto 1111, Corpo Diplomático, Legendary Tigerman, Dead Combo, Paus — e por aí fora, que a música é caminho e Portugal é pequeno mas orgulhoso dono de uma arte eléctrica chamada música que pode preencher muitas horas num ecrã.
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Ora Xutos & Pontapés, Boss AC, Moonspell, Conan Osiris, LX 90, Silence 4, Sam The Kid, Sitiados, Peste & Sida, Censurados, Brain Dead. Ou os Sheiks, Rui Veloso, Lulu Blind, Victor Gomes, Quarteto 1111, Corpo Diplomático, Legendary Tigerman, Dead Combo, Paus — e por aí fora, que a música é caminho e Portugal é pequeno mas orgulhoso dono de uma arte eléctrica chamada música que pode preencher muitas horas num ecrã.
A Arte Eléctrica em Portugal é uma série documental nascida em 2015 e que regressou no início deste ano para uma segunda temporada inevitável — o projecto, nascido de uma ideia do realizador António-Pedro Vasconcelos e produzido pela Panavídeo, é uma revisão detalhada, com imagens ricas, reconfortantes ou galvanizadoras da história recente da música popular portuguesa, suas dores de crescimento e seus fenómenos. Do ié-ié ao hip-hop, passando pelas tensões tão anos 1990 de cantar em português ou inglês, recupera o fulgor do rock progressivo e do punk e o boom do rock dos anos 80s. Chega até ao século XXI com a certeza da concretização do potencial global da música portuguesa.
Os 12 episódios para devorar estão na RTP Play, a plataforma de streaming da estação pública e de acesso sempre gratuito, para rever ou ver pela primeira vez.
Em 2015, então, estreava-se a série realizada por Leandro Ferreira e Pedro Clérigo e que tem como mestre de cerimónias o jornalista Rui Miguel Abreu. Começava no ié-ié e acabava na idade adulta dos Resistência ou dos More República Masónica e contava a história na voz dos seus protagonistas, os músicos, e dos seus cronistas, os jornalistas ou os produtores. As outras histórias ficam sem palavras que não aquelas com que se acompanha um tema num concerto em “lip sync" ou a plenos pulmões: as que se lêem nos rostos e nos lábios do público de tantos espectáculos filmados ao longo de seis décadas.
No início deste ano de 2020, a equipa voltou para fazer o caminho até aos anos da vitória portuguesa na Eurovisão ou do florescer das gerações do indie ou do hip-hop (o primeiro episódio, exibido já após a morte do baixista Zé Pedro, é todo para os Xutos e é o único dedicado a uma só banda). Terminada a sua vida no late night das terças-feiras na RTP1, a longa vida desta série será agora na RTP Play.